Respiração ofegante: Quais as principais causas?

Respiração ofegante quais as principais causas
Respiração ofegante

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Certamente que alguma vez na sua vida já achou que lhe faltava ar e que o simples facto de respirar se tornava uma ação difícil.

Nesse momento, provavelmente estaria com a respiração ofegante, na tentativa de respirar melhor e garantir o funcionamento normal do seu organismo. Apesar de incómoda, em geral essa situação é desencadeada por razões pontuais e tende a passar logo.

Atenção, caso a respiração ofegante persista…

Existem vários distúrbios respiratórios que estão relacionados com a respiração ofegante, tais como dispneia, alterações no ritmo respiratório (ex: taquipneia – respiração rápida; hiperpnéia – respiração rápida e profunda; apneia – ausência de movimento respiratório) e hiperventilação. Esses distúrbios podem ser causados por atividade física mais intensa (subir escadas e correr, por exemplo), obesidade, má condição física, e por doenças como a asma, anemia, bronquite, Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), insuficiência cardíaca ou respiratória, e pneumonia. Além disso, situações de stress, medo e ansiedade também influenciam o ritmo da nossa respiração.

Mas devemos referir que ter uma respiração ofegante não é necessariamente um problema. As pessoas devem preocupar-se, sim, se ela não voltar ao normal ou demorar a fazê-lo. Nesse caso, recomenda-se procurar um médico.

Vamos saber mais sobre as síndromes e doenças relacionadas com a respiração ofegante…

Dispineia

A palavra dispneia, ainda na sua origem grega, significa “respiração difícil”.

Deste modo, as várias definições médicas descrevem-na como uma experiência de desconforto respiratório, uma respiração dificultada ou desagradável. Bastante frequente nos pacientes com doenças pulmonares, cardíacas, metabólicas ou psicogénicas, a dispneia é uma condição incapacitante.

Estima-se que a maioria das pessoas que supostamente sofrem de dispneia e procuram atendimento médico apresentem alguma das seguintes situações: doença cardiovascular, doença pulmonar, refluxo grastroesofágico, quadros psicogénicos ou má forma física.

Essa condição está associada a uma elevada morbilidade e mortalidade, causando grande interferência na realização de atividades sociais e físicas. Sendo assim, muitas vezes a causa da dispneia pode ser não só uma experiência subjetiva de desconforto respiratório, mas também uma resposta a sinais físicos.

Respiração ofegante ou Hiperventilação

A hiperventilação é a situação em que os movimentos respiratórios (inspiração e expiração) ocorrem mais rapidamente do que o metabolismo do organismo. Com isso, há uma retirada excessiva de dióxido de carbono do sangue (diminuição de CO2) resultando na alcalose (aumento do pH), que por sua vez compromete a circulação sanguínea cerebral e pode resultar em sintomas como formigueiro nas extremidades corporais, tonturas e, em casos severos, até na perda temporária da consciência. O transtorno de ansiedade, sobretudo por meio da síndrome do pânico, é a principal causa associada à hiperventilação, apesar de haver outras causas decorrentes de outros fatores psicogénicos (psicológicos) ou fisiológicos.

Outras doenças

Os asmáticos também podem ter momentos de respiração ofegante, principalmente nas crises da doença, quando as vias respiratórias se inflamam e se estreitam, dificultando o fluxo de ar.

A DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica é, na verdade, um grupo de várias doenças que resultam em problemas respiratórios e causam bloqueio do fluxo de ar. Essa condição evolui com os anos, e torna a dispneia mais intensa.

A pneumonia pode ser causada tanto por vírus como por bactérias. Febre, tosse e respiração curta são sintomas gerais da pneumonia, sendo que a viral começa com um resfriado e vai piorando, enquanto na bacteriana os sintomas aparecem repentinamente, e envolvem uma respiração ofegante e curta, além de tosse e febre alta. 

Outra condição que pode tornar a respiração mais difícil é a anemia. Com o número de glóbulos vermelhos ou a concentração de hemoglobina menor do que deveria, o transporte de oxigénio do sangue para as células é menor, o que pode resultar, entre outros sintomas, em falta de ar, tontura, fadiga e fraqueza. Essa condição é um problema global e a Organização Mundial da Saúde estima que mundialmente 40% das mulheres grávidas e 42% das crianças menores de cinco anos sejam anémicas.

Outras situações

A atividade física, sobretudo a mais intensa ou mesmo aquela que a pessoa não costuma realizar (longas caminhadas, subir escadarias), pode levar a uma respiração mais rápida e curta, a dita respiração ofegante. Isso acontece principalmente a quem não possui uma boa condição física, mesmo para realizar essas atividades.

Respiração ofegante em bebés

O desconforto respiratório é geralmente associado à internação de recém-nascidos em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatais. Uma dificuldade respiratória em recém-nascidos reporta-se a um sistema respiratório que trabalha mais, resultando no alargamento nasal, taquipneia, grunhidos ou retrações torácicas. Na taquipneia, a frequência respiratória tende a aumentar de 30 a 60 respirações /minuto, normais para um recém-nascido, até mais de 60 respirações/minuto (adultos em repouso têm 8 a 14 respirações/minuto).

A dificuldade respiratória de um recém-nascido, quando relacionada ao pulmão, pode estar associada ao processo de formação desses órgãos ou à adaptação à vida fora do útero. Nesses casos é imprescindível um tratamento rápido e cuidadoso para que o bebé não sofra uma insuficiência respiratória ou uma paragem cardiopulmonar.

A pneumonia e a bronquite também podem acometer crianças e bebés e, consequentemente, causar a respiração ofegante. Em bebés (de até 2 anos), a bronquiolite é uma infeção dos bronquíolos, equivalente à bronquite para os adultos e geralmente causada por um vírus. Entre os sintomas estão a febre, chiado, tosse e uma respiração rápida.

Deve estar-se atento aos sintomas de falta de ar e à frequência com que se regista a respiração ofegante, especialmente agora, tempo em que a COVID-19, que tem como sintoma a falta de ar, ainda é uma ameaça à saúde mundial.

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