Em tempo de pandemia, cuidados para uma viagem mais segura!

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Precisa viajar? Saiba como reduzir os riscos de contaminação por COVID-19 e ter uma viagem o mais segura possível

Os casos de COVID-19 voltaram a subir em Portugal e em muitos outros países da Europa, e comprovaram que ainda não é o momento de descuidar em relação às medidas de distanciamento social e higienização.

É normal que depois de meses de restrições as pessoas desejem viajar e sair da rotina. Mas se o objetivo for estritamente de turismo, deverá ser considerada a relação de riscos e benefícios, preferindo roteiros domésticos, que além de ajudarem o turismo local podem trazer menores dificuldades neste momento.

Entretanto, em caso de compromissos profissionais, ou mesmo pessoais de caráter urgente, que impliquem a deslocação para outra cidade, convém ter em conta uma série de medidas que podem minimizar os riscos de exposição ao novo coronavírus.

Os caminhos do contágio

A forma de transmissão da COVID-19 tem sido muito debatida e ainda estão a ser feitos estudos para compreender como é que este vírus de facto se comporta. Atualmente, órgãos de saúde de referência mundial, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) nos Estados Unidos, sugerem que a principal forma de transmissão acontece entre pessoas que entraram em contato próximo – até cerca de 2 metros.

Este vírus dissemina-se através de gotículas respiratórias produzidas quando uma pessoa infetada tosse, espirra, canta, fala ou, “apenas”, respira. Assim, o caminho do contágio é, essencialmente, através da boca, do nariz, das vias respiratórias e do pulmão. E o vírus também pode ser transmitido pelo contacto com superfícies contaminadas, pelo tocar das mãos nos olhos, boca e nariz.

Até ao momento tem vindo a aumentar o reconhecimento de uma outra forma de transmissão, que pode dar-se em situações específicas, de ambientes fechados com ventilação inadequada, e aglomerados. Nesse caso, as partículas e gotículas infetadas poderiam viajar distâncias maiores do que 2 metros e permanecer suspensas no ar numa concentração suficiente para infetar outras pessoas que estão no mesmo ambiente ou que entraram logo após a pessoa infetada ter saído.

Como, então, ter uma viagem segura?

Planeando a sua viagem segura

Ao planear a deslocação, as pessoas que façam parte do grupo de risco para a COVID-19, devem saber que têm maiores hipóteses de sintomas mais severos.

Se não for o caso, mesmo assim:

  • Prefira locais com menos casos da doença;
  • Confira as restrições para a entrada ou durante a estadia no destino da viagem, para além do uso de máscara – exigência de quarentena prévia, teste para a COVID-19 ou indicação para ficar em casa;
  • Além de máscaras e álcool gel 70% para mãos considere, se possível, levar todos os remédios de que irá precisar assim como comida e bebida, pois dependendo da localização, alguns estabelecimentos podem estar fechados.

Se a viagem for para a União Europeia pode ser interessante consultar o respetivo site com algumas informações sobre as restrições e a situação do país de destino.

Para os portugueses há a possibilidade e a recomendação de se cadastrarem no Registo do Viajante, através de um formulário, ou pelo aplicativo. Isso permitirá localizá-los em caso de emergência, além de fornecer informações úteis sobre o país de destino.

Cuidados enquanto viaja

O cuidado principal ao longo do percurso será o de obedecer às recomendações dos órgãos de saúde, autoridades e estabelecimentos do local que está a visitar.

Contudo, independente dessas exigências, é recomendado que se continue com as medidas já conhecidas e comuns da pandemia, ou seja:

– O uso de máscaras;

– O distanciamento social de pelo menos 2 metros de pessoas que não habitem na mesma casa;

– A etiqueta respiratória ao tossir ou espirrar (cobrindo a boca e nariz com um lenço ou com a curva do cotovelo);

– O evitar tocar em superfícies frequentemente tocadas;

– A higienização das mãos com frequência e de forma apropriada, por pelo menos 20 segundos – com água e sabão ou álcool gel 70%.

Que meios de transporte usar para ter uma viagem segura?

Dentro dos aviões a circulação e filtração do ar dificultam a possibilidade do vírus se espalhar. Contudo, o processo de embarque e saída envolve filas de segurança e terminais de aeroporto, habitualmente cheios de pessoas. Além disso, viagens de avião, autocarro e combóio podem aumentar as hipóteses de infeção, pois implicam grandes períodos de tempo muito próximo de outras pessoas (sem o distanciamento de pelo menos 2 metros).

Se a viagem for de carro ou autocaravana devem ser tomadas precauções ao parar para abastecer, fazer compras essenciais, comer e ir à casa de banho.

Algumas “dicas” podem ajudar tanto nas viagens em transporte próprio como nos transportes públicos coletivos ou individuais (táxis, combóios ou autocarros). Veja quais:

  • Procure viajar fora das “horas de ponta” e, nos transportes públicos, tente manter-se a, pelo menos, uma cadeira de distância de outras pessoas;
  • Utilize formas de pagamento que não exijam contacto, como os aplicativos de telemóveis. Isto vale para todo o tipo de serviços de que precise ao longo da viagem, sejam transportes, estadias ou alimentação;
  • Quando possível, prefira a ventilação natural das janelas e, caso utilize o ar-condicionado, mantenha-o no modo de não-recirculação;
  • Se for alugar um carro ou bicicleta limpe as áreas frequentemente tocadas e higienize as suas mãos com água e sabão, ou álcool 70%.

Onde ficar?

Considerando as formas de transmissão do SARS-COV-2, é importante procurar empresas que mostrem estar empenhadas na proteção dos seus clientes.

Veja algumas “dicas” para a escolha de um hotel ou outro tipo de alojamento:

  • Procure hotéis, restaurantes e locais para passeio que possuam áreas amplas e bem ventiladas, áreas abertas e, se possível, que não estejam cheios.
  • Verifique a política do hotel sobre as medidas de prevenção (uso de máscara, barreiras entre os funcionários e hóspedes, indicações sobre distanciamento social, melhorias na limpeza e desinfeção);
  • Evite frequentar locais compartilhados com outras pessoas (áreas de refeição, piscinas, sala de jogos, saunas, spas, etc.)
  • Prefira usar as escadas ou espere que o elevador esteja vazio.
  • Uma boa opção para ajudar a garantir melhor qualidade do ar no ambiente, inclusive reduzir microrganismos, seria que o hotel escolhido dispusesse de purificadores de ar nos halls e quartos, proporcionando maior segurança aos hóspedes.

É importante lembrar que a estadia em hotéis ou outros estabelecimentos de hotelaria implica ambientes compartilhados, como as receções, corredores, elevadores, lavabos, bares, restaurantes, centros de convenções, etc.

Por isso, se não puder mesmo evitar esses ambientes procure locais mais abertos e arejados, mantenha o distanciamento social e não compartilhe objetos pessoais e alimentos.

No regresso a casa

Deve ter em atenção que pode ter sido infetado durante a viagem, mesmo que não tenha sintomas. Por isso, ao regressar não descure as medidas preventivas – distanciamento social, etiqueta respiratória, higienização das mãos e uso de máscara.

Caso suspeite ter contraído COVID-19 durante a viagem, mantenha-se em quarentena por 14 dias. Deve contactar o SNS 24 e (ou) o seu médico, e registar qualquer aparecimento de sintomas como tosse, dificuldade respiratória e febre (maior que 38°C). Fique atento à sua saúde e colabore com as medidas de prevenção. A COVID-19 é uma doença séria, que ainda não tem

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