O que têm em comum a humidade do ar e a sua saúde?

humidificador de ar

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Entre tantas e diferentes realidades, atualmente, existe um consenso mundial: todas as pessoas querem manter-se saudáveis e protegidas do novo coronavírus. Para isso, muitos têm redobrado a atenção com os espaços internos, onde passamos maior parte dos nossos dias, principalmente neste momento. Uma medida que pode contribuir para uma melhoria na saúde é a manutenção de uma boa qualidade do ar nos ambientes internos.

Para manter a qualidade do ar é necessário estabelecer a humidade ideal do ambiente. O nível correto, contudo, é uma questão complexa. A recomendação é para que o ar nunca esteja muito seco ou muito húmido, preservando o bom funcionamento do nosso organismo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a humidade relativa do ar ideal para o organismo humano é entre 40% e 70%.

A humidade relativa do ar diz respeito à quantidade de vapor de água presente na atmosfera, em relação à quantidade máxima que poderia suportar nessa mesma temperatura (ponto de saturação). Nos períodos de longa estiagem, característicos do final do inverno, a humidade do ar diminui muito, já nos dias quentes de verão fica mais alta, devido à evaporação que ocorre após períodos de aguaceiros fortes.

Ar húmido

A humidade elevada propicia o crescimento de fungos, a reprodução dos ácaros e a libertação de alguns compostos químicos nocivos à saúde. O crescimento de bolor (fungo) e ácaros são prejudiciais para a saúde, em especial para pessoas alérgicas, ou com alguma doença respiratória.

Ar seco

Já os níveis baixos podem causar irritação nos olhos, congestão e nariz seco. O cenário é ainda favorável à sobrevivência de vírus, como o Influenza, podendo também aumentar quantidade de aerossóis infectados produzidos pela tosse e respiração. Estudos demonstram que uma hora depois de tossir, o vírus da Influenza permanece cinco vezes mais infecioso com humidade relativa entre 7–23% do que com humidade relativa maior ou igual a 43%.

Em níveis extremos, abaixo de 30%, a pele pode ficar muito seca provocando comichão e rachas, além de agravar condições como a psoríase.

Como controlar a humidade do ar dentro casa?

A humidade acentuadamente baixa ou alta afeta todas as pessoas, mas, assim como na maioria das doenças, os idosos são mais sensíveis a essas mudanças, que incluem ainda variações de temperatura. Por isso, é importante que sejam tomadas, sempre que possível, medidas para controlar a temperatura e a humidade do ar dentro de casa.

Para os dias mais secos

Muitas pessoas optam por um humidificador de ar. A opção é válida, mas depende da escolha do produto. Dê preferência a modelos com controlo automático de humidade, para que não ocorra um efeito indesejável de aumento de microrganismos no ambiente. O ideal é que esses aparelhos mantenham a humidade perto de 50%. Quando essa percentagem é atingida, o aparelho para de lançar névoa automaticamente, recomeçando quando a humidade atinge valores abaixo do desejado.

A ventilação recorrente através da abertura de janelas, especialmente após cozer alimentos ou depois do banho, pode ajudar no controlo da humidade do ar dentro de casa. No entanto, se não tiver aberturas para o ambiente exterior, utilize exaustores em locais como cozinhas e casas-de-banho. Não deixe guarda-chuvas, sapatos ou casacos molhados dentro de casa; higienize e deixe-os a secar ao ar livre ou na lavandaria. Se a temperatura permitir, evite também o uso de ar condicionado, pois este aumenta o risco de infecções e seca as mucosas nasais. Caso ocorram infiltrações de água em alguma divisão da casa, esta deve ser limpa num período máximo de 48 horas, de forma a evitar formação de bolor.

Por fim, a dica mais valiosa:

mantenha a casa sempre limpa e arejada. Aproveite e cuide também da sua hidratação, bebendo bastante água, especialmente nos dias mais secos e quentes. Um ambiente saudável ajuda não só no combate à Covid-19, mas também, se for o caso, a controlar as suas doenças respiratórias e alergias, assim como as dos seus familiares.

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