Ácaros, fungos e bactérias: Ameaças no ar, para além do vírus!

lupa e bactérias

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É comum que em países desenvolvidos a rotina diária esteja associada a longos períodos em ambientes internos, como escritórios ou até mesmo casas de habitação.

As pessoas saem de um ambiente fechado para o outro, transitando entre espaços com pouca circulação de ar externo e muita aglomeração. Além disso, com a urbanização começámos a adquirir mais produtos em móveis e têxteis, como sofás, tapetes, carpetes, e aumentámos a temperatura interna dos ambientes, para os deixar o mais confortáveis possível. O problema é que esse bem-estar não é apenas para nós, mas também para os microrganismos, a exemplo de ácaros, fungos e bactérias, que acabam por proliferar mais rapidamente nesses espaços. 

Vivendo com o inimigo

Os nossos olhos não os podem ver, mas eles estão por todo o lado. Com a vantagem de serem invisíveis a olho nu, aproveitam-se de alguns maus hábitos para se esconderem e multiplicar-se nos mais variados cantos. 

Em pequenas quantidades, humanos e microrganismos dividem harmoniosamente o mesmo local. Mas quando esses seres se agrupam em grande número e criam um exército tão poderoso que o nosso sistema imunitário não consiga combater, então podem provocar problemas de saúde. Por exemplo, desencadeando processos alérgicos, abrindo portas a infecções alimentares ou atacando os pulmões. 

Com todos os olhares voltados para a prevenção do Covid-19, é importante não esquecer que ácaros, fungos e bactérias também causam doenças e merecem a nossa atenção. Se na sua família houver alergia a esses microrganismos, saiba como pode identificá-los e reduzir a exposição de crianças e adultos aos seus malefícios.

Ácaros: medidas caseiras & tecnologia para os combater!

Estudos mostram que os ácaros são um dos principais componentes do pó doméstico e que 100% das residências possuem pelos menos algumas das suas espécies. Só nos colchões é possível encontrar até 18 tipos diferentes destes animais. Os ácaros do pó desencadeiam alergias como rinite, asma e dermatites atópicas. Mais de 50% das pessoas que têm asma apresentam uma alergia ao ácaro do pó. 

A receita para os evitar e controlar não poderia ser mais caseira: é preciso controlar a humidade, uma vez que 70% a 75% do peso corporal desses animais é constituído por água, e é nessa proporção que eles se reproduzem. Uma boa medida, por exemplo, é não fazer a cama logo que se levanta, colocando a roupa mais para os pés da cama, de forma a arejar os tecidos.

Os ácaros alimentam-se principalmente das escamas de pele que libertamos todos os dias, escamas de animais domésticos e de fungos (neste caso, alguns tipos de mofo) e gostam de viver em temperaturas entre os 18oC e os 32oC, facilmente encontradas nas nossas casas. 

Para reduzir a exposição aos ácaros devem utilizar-se capas antiácaro para travesseiros, almofadas e colchões, e fazer a lavagem das roupas de cama a temperaturas acima dos 55 ºC. Também se recomenda o uso de aspiradores de pó e purificadores de ar com tecnologia para extinguir os principais microrganismos do ar. 

Fungos: gostam de calor e humidade

O mofo é composto por fungos microscópicos que se reproduzem a partir de esporos, carregados principalmente pelo ar, mas também por meio de objetos contaminados, e até mesmo da água. Quando visualizamos uma mancha de mofo, na realidade estamos a observar diversos organismos invisíveis a olho nu, que se tornam visíveis quando agrupados numa colónia. Pesquisas apontam para que aproximadamente 2% a 6% da população em países desenvolvidos seja alérgica a fungos.

Os fungos preferem locais quentes e húmidos e podem alojar-se em porões, peitoris de janelas, e casas de banho. Excesso de humidade, baixa ventilação e iluminação são fatores de risco que ajudam à sua proliferação. 

As principais doenças causadas ou acentuadas por eles são a asma, rinites, conjuntivites, urticárias e dermatites atópicas. Para reduzir a sua presença na casa é necessário identificar e eliminar problemas que resultem do aumento da humidade, tais como infiltrações, falta de ventilação e questões estruturais da casa. É importante investir tempo e cuidado na limpeza da casa para prevenir qualquer surgimento de fungos.

Bactérias: limpar, para acabar com este “convívio”

Acredita-se que as bactérias tenham sido uma das primeiras formas de vida no Planeta, há aproximadamente 3,5 bilhões de anos. Hoje, sabemos que são altamente adaptáveis a condições adversas, sendo que diversas espécies conseguem sobreviver sem a presença de oxigénio e em locais inóspitos, como vulcões, ou bem frios, como congeladores. Ou seja, está claro que elas vieram para ficar.

Convivemos diariamente com bactérias, algumas benéficas, umas inofensivas e outras nem tanto. O que pouca gente sabe é que bactérias encontradas no pó de ambientes internos comuns também podem estar relacionadas com algumas doenças. Além de causarem infecções, estruturas presentes nas suas “paredes” podem levar a reações inflamatórias e crises de asma.  

Por isso devemos estar atentos à frequência de crises respiratórias, designadamente das crianças, e procurar um especialista em caso de agravamento dos sintomas. Manter a limpeza da casa é valorizar o ambiente saudável e cuidar para que vírus, ácaros, fungos ou bactérias encontrem “um lar” bem longe do nosso.

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