Zonas húmidas para nosso futuro

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Será que todos nós sabemos o que são Zonas Húmidas e que benefícios trazem ao meio ambiente? A propósito do seu Dia mundial, pretexto para uma sensibilização ao tema…

Assinalou-se, a 2 deste mês, o Dia Mundial das Zonas Húmidas, que evoca o primeiro tratado global sobre conservação e uso sustentável desses ecossistemas.
Tomando o nome da cidade iraniana onde foi adotado, a 2 de Fevereiro de 1971, ficou conhecido como Convenção de Ramsar, sendo desde então a data comemorada a nível mundial.

Em 2015, o tema “Zonas Húmidas para o nosso futuro”, tem o objetivo de destacar a importância destas áreas e de apelar à participação pública na conservação das mesmas, com um Programa de eventos que se prolonga até ao próximo domingo, dia 8.

Benefícios… e problemas.
As zonas húmidas fornecem uma multiplicidade de benefícios que passam pela purificação e reciclagem da água. Agindo como esponjas naturais, protegem contra inundações e secas, mantendo intacta a linha costeira. E pela sua elevada biodiversidade são um meio vital de armazenamento de carbono, mitigando os efeitos das alterações climáticas.

No entanto, os seus benefícios não são amplamente conhecidos, pelo que estas áreas têm sido muitas vezes percecionadas como desinteressantes, passíveis de serem drenadas, aterradas ou convertidas para outros fins.
Por isso, desde 1900 já desapareceram 64% das Zonas Húmidas existentes no mundo (fonte: ramsar.org).

Promover a participação pública e divulgar o que cada cidadão pode fazer pela recuperação de Zonas Húmidas degradadas perto de si, é fundamental.

Segundo a Quercus, a poluição da água, no essencial proveniente dos aglomerados urbanos, é um dos vários problemas que continuam a ameaçar as Zonas Húmidas.
E esta Associação Nacional de Conservação da Natureza lembra a importância de um programa nacional de restauração ecológica que envolva ativamente as Autarquias Locais, em programas ou parcerias de ações e educação ambiental para valorizar estes ecossistemas.

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Mais de duas mil Zonas Húmidas em todo o mundo, nos 168 países contratantes da Convenção, estão atualmente catalogadas como Sítios Ramsar, segundo critérios ecológicos, socioculturais e paisagísticos.
Portugal declarou até ao momento 31 Sítios Ramsar em território continental e no Arquipélago dos Açores, desde que assinou a Convenção, em 1980.
E as comemorações desta data em 2015 propõem, até ao próximo 8 de Fevereiro, um programa de eventos diversificados que inclui ações de voluntariado, visitas guiadas e percursos pedestres, sessões de observação de aves e de anilhagem, palestras e exposições.

 

CAMINHAR EM PLENA NATUREZA…
A assinalar o Dia Mundial das Zonas Húmidas o EVOA – Espaço de Visitação e Observação de Aves, levou a efeito no passado domingo uma caminhada no interior da Charneca da Companhia das Lezírias, guiada por um técnico especialista em anfíbios e por investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Os participantes visitaram a maior e mais importante Zona Húmida de Portugal – o estuário do Tejo – e puderam participar numa sessão guiada de observação de aves.

O projeto EVOA foi desenvolvido e está sediado nos terrenos da Companhia das Lezírias, que em cerca de 18 mil hectares integra várias Zonas Húmidas.
De referir que os seus projetos de investigação e conservação venceram, no passado dia 21 de janeiro, os Green Project Awards, na categoria “Agricultura, Mar e Turismo”.
E o EVOA tem sempre, para os amantes da natureza, vários programas a conhecer em www.evoa.pt

Fonte: ICNF
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
Agradecimentos: EVOA – evoa@evoa.pt e Quercus – www.quercus.pt
Coordenação: MLG

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