Um Natal de muitas cores

Table of Contents

O Natal pinta-se de verde e de vermelho, e dos tons do ouro, incenso e mirra…O Universo gosta desta quadra, mas uma nova consciência ambiental pede-lhe que seja cada vez mais VERDE!

A crise que se vive veio proporcionar uma maior reflexão no muito que se tem gasto com o Natal, em anos anteriores, reavaliando o que é de facto necessário para viver com alegria e bem-estar o espírito da quadra…
A abundância e o desperdício têm andado frequentemente de mãos dadas com esta época. Mas a maior consciência com que se “vê” hoje o Planeta terá de superar essas características, a caminho de um Natal mais ecológico.

Repensar a euforia das prendas…
Há a festa, a decoração e iluminação, a gastronomia e… os presentes. Presentes muitas vezes comprados na euforia e na pressa com que se vive a quadra, que nem sempre se sabe se serão úteis a quem os recebe, e que significam muitas embalagens e papéis difíceis de reciclar…
No caso das crianças isso é ainda mais visível, pois sobre elas incidem os agrados de todas as pessoas de uma família próxima ou nem tanto, o que, muitas vezes por falta de comunicação, origina prendas repetidas num desperdício total de recursos…
Imersas em brinquedos, as crianças já não os valorizam como deviam e instalam-se desde cedo num conceito de consumo desenfreado, onde é sempre preciso mais e mais para as satisfazer… momentaneamente!

 

Cada vez menos se resguarda, nas crianças, a magia do Menino Jesus ou Pai Natal. Os mais novos sabem de onde vêm os presentes; aliás, vão juntos com os pais comprá-los à loja e às vezes os brinquedos são logo arrancados dos pacotes a caminho do carro ou nem chegam a ser embrulhados!
A valorização para uma prenda infantil deveria ser repensada pela família, não apenas no que se oferece mas na forma como é feita a oferta… – Se possível mantendo algum encanto natalício.

E falando em prendas, podemos também assumir que o melhor presente que pode dar-se ao Planeta nesta quadra é organizar um Natal mais “verde”, onde a Ecologia não seja apenas uma palavra na moda…

Os postais de Natal pela Internet têm vindo a ganhar terreno desde há vários anos… Mas para os adeptos dos tradicionais cartões, podem sempre escolher-se modelos impressos em papel reciclado, e optar por cartões de associações de solidariedade social.

As “luzes” natalícias devem ser amigas do Ambiente… – basta optar pela iluminação LED, que tem a vantagem de reduzir os custos com energia em cerca de 80% comparativamente às lâmpadas tradicionais, sendo igualmente bonitas.

Para o embrulho das prendas prefira o papel de embrulho reciclado, entre outros materiais que dependam da sua imaginação e do que tiver guardado em casa, como por exemplo pedaços de tecido, tule, fitas de cetim e mesmo sacos em tecido ou caixas que adorne de várias formas e que irão depois servir a alguém para acondicionar – por exemplo – decorações de Natal!

Na escolha dos presentes também pode existir um pensamento de bem-estar pelo Planeta, através de artigos construídos com materiais reciclados, artesanato local e objetos utilitários e reutilizáveis. Na escolha de vestuário, os consumidores “mais ecológicos” tendem a preferir roupas confecionadas com algodão orgânico ou cânhamo.

Sugestão:
Oferecer às crianças brinquedos amigos do Ambiente, como os de madeira, geralmente vintage, ou os artesanais. E oferecer-lhes livros desde cedo, como amigos que os acompanharão ao longo da vida… (se possível em papel reciclado!)

 

PRENDAS QUE NÃO SE COMPRAM NAS LOJAS!
E quando precisamos afastar-nos de um Natal consumista, as prendas caseiras salvam orçamentos… saquinhos de biscoitos, boiões de doce ou compotas são opções que desde logo ocorrem aos mais expeditos na cozinha. Alternativas são as peças tricotadas ou, conforme as várias aptidões, um desenho, uma moldura feita à mão, o renovar de um móvel antigo, etc.E mesmo os “manualmente inaptos” podem oferecer “pack’s” de horas de prestação de serviços que incluam tratar de assuntos da avó, ser personal shopper da tia ou ficar com os sobrinhos um fim-de-semana! 🙂

Outra forma “verde” de celebrar o Natal é combinar com a família ou amigos juntar o dinheiro que gastariam na troca de presentes e oferecer o seu valor ou o equivalente em géneros alimentares e agasalhos a uma instituição de solidariedade social.
É uma tendência que os tempos de crise fizeram olhar com carinho e é, sem dúvida, um belo exemplo para os mais novos.

Na Decoração e à Mesa…

O NATAL PODE SER SEMPRE ECOLÓGICO.

Elementos decorativos para a casa podem ser recicláveis e amigos do ambiente. Prefira os artesanais ou em madeira e lance mão das ofertas da Natureza – ramos de pinheiro, pinhas, azevinho, folhas, frutos secos, paus de canela, bagas vermelhos (cuidado se tiver crianças!), são a matéria-prima para centros de mesa, grinaldas e pequenos adereços para enfeitar as portas.

As velas são uma decoração natalícia tradicional, mas opte pelas mais ecológicas, que têm na sua composição cera de soja ou cera de abelha.

 

A ceia de Natal deveria, idealmente, ser preparada com produtos frescos adquiridos localmente… E cuidado com o acumular de embalagens para o transporte dos alimentos; em muitos casos poderá levá-las de casa consigo e evitar mais plásticos e mais materiais não recicláveis.
Para a mesa de Festa, sobretudo nesta época não recorra à loiça e aos copos de plástico. Quanto aos guardanapos de papel são decorativos, sim, mas pode ter alguns só para decoração. Utilize os de tecido… A mesa fica mais bonita e, afinal, não é Natal todos os dias! 🙂

NÃO ESQUECER,  DEPOIS DAS FESTAS…
Após a abertura das prendas separe e guarde numa caixa os laços e o papel de embrulho. Certos materiais poderão mais tarde ter utilidade, designadamente para trabalhos escolares.
Tudo o resto, sobretudo o plástico e o metal, devem ser separados e colocados no ecoponto mais próximo.
Não atire tudo misturado para um mesmo amontoado de lixo…Dê aos seus filhos e netos o exemplo de serem cidadãos ambientalmente conscientes, porque um Natal ecológico deve (mesmo) envolver a reciclagem!

Compartilhe este conteúdo:

Publicações Relacionadas