Pneumonia Pneumocócica: Estamos 100 vezes mais vulneráveis!

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Portugal é, atualmente, o país europeu com maior taxa de mortalidade por Pneumonia Pneumocócica, doença que se pode prevenir através da vacinação. Mais do que tratar uma Pneumonia, devemos evitá-la, através da vacinação antipneumocócica.

“O risco de contrairmos Pneumonia Pneumocócica aumenta quase 100 vezes nesta altura”. A afirmação é do MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação, que alerta sobre o atual cenário agravado pelo pico da Gripe, por si só potenciadora da doença, e pelas próprias circunstâncias do nosso país.

Segundo o Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, registam-se em Portugal 57 óbitos por Pneumonia por cada 100.000 habitantes, o dobro da média na União Europeia.

Embora se registem casos de Pneumonia ao longo de todo o ano, é na época da gripe que ocorre o maior número de episódios. A interação entre o vírus da gripe e o pneumococo aumenta o risco de Pneumonia Pneumocócica em quase 100 vezes (1).

A importância de reconhecer os sintomas da pneumonia pneumocócica

Segundo José Alves, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão, “só por si, a gripe intensifica o risco de Pneumonia e por isso a prevenção continua a ser a melhor solução para travar esta doença”.

E já que os sintomas da gripe podem ser semelhantes aos da Pneumonia, a maioria da população tem dificuldade em distingui-los e, assim, subvaloriza situações potencialmente graves.

“O conhecimento dos sintomas, o recurso atempado aos cuidados médicos e sobretudo a sua prevenção, com a vacinação contra a gripe e a vacinação antipneumocócica podem fazer toda a diferença”, afirma Rui Costa, coordenador do GRESP – Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da APMGF.

Muita atenção, em casos de:

Tosse com expetoração, febre, calafrios, falta de ar, dor no peito quando se inspira fundo, vómitos, perda de apetite e dores no corpo são sintomas possíveis da Pneumonia, que podem surgir como complicação de uma gripe. Devemos estar principalmente atentos a quadros de Gripe que não apresentem melhorias, ou que vão piorando de forma continuada.

No entanto, mais do que tratar uma Pneumonia, o melhor é, sobretudo, preveni-la. Isso pode ser feito em qualquer altura do ano, sendo que no caso dos adultos, basta uma dose única.

Pessoas com mais de 65 anos, ou todos os adultos que apresentem comorbilidades crónicas como diabetes, asma, doença respiratória crónica, doença cardíaca, portadores de VIH e doentes renais, estão mais vulneráveis, e por isso têm particular indicação para a imunização.

Números!

A Pneumonia é responsável por, aproximadamente, 1.6 milhões de mortes por ano em todo o mundo, sendo por isso uma das principais causas de morte possíveis de prevenir através de vacinação.
De acordo com o Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, a Pneumonia foi, em 2015, responsável por 16% das mortes nos internamentos.

Em Portugal, os custos com tratamentos e internamentos ascendem a uma média de 80 milhões de euros por ano. Portanto, isso que significa que, por dia, se gastam 218 mil euros. Custos indiretos, como o absentismo laboral, não estão contemplados nestes cálculos.

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