Asma infantil: Prevenir e controlar

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Afeta cerca de 15% das crianças portuguesas e nas últimas décadas tem registado um aumento da prevalência, como provável consequência das mudanças ambientais, condições climatéricas e hábitos e dietas alimentares. É a asma infantil. Vamos conhecê-la um pouco melhor…

Sendo mais comum no caso de pais asmáticos, a asma infantil também se pode desenvolver fora deste quadro.
No entanto, é certo que os riscos de a criança desenvolver asma são maiores quando um dos pais é asmático, ou também, segundo os especialistas, quando se registou o uso de antibióticos até aos seis meses de vida ou quando a criança vive num ambiente de fumadores…

Além disso o pelo de animais domésticos, tais como cães ou gatos, pode igualmente desencadear alergias que levam ao aparecimento da asma.

A asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas e uma das doenças crónicas mais frequentes na criança. É caracterizada pelo estreitamento das vias respiratórias, o que fará com que a criança tenha dificuldade em inspirar e expirar o ar.

Os sinais mais frequentes deste problema que lhe afeta os pulmões são a pieira, a tosse e a dificuldade respiratória, sinais que também poderão ocorrer em conjunto com outros problemas de saúde.
E os sintomas podem manifestar-se desde os primeiros dias de vida, levando o bebê a sentir falta de ar, ou podem surgir na infância ou na adolescência.

Inicialmente, nem sempre é fácil apresentar um diagnóstico de asma, principalmente em bebés e crianças jovens. Mas é importante que esse diagnóstico seja conhecido o mais cedo possível, pois a asma poderá afetar os pulmões da criança para o resto da vida.

Chamam-se primeiros sinais de aviso às pequenas mudanças que acontecem no corpo da criança quando ela começa a ter problemas asmáticos.
Estes sinais são diferentes em cada criança, e podem não ser fáceis de distinguir…

Mas o pediatra estará atento, quando a criança:
– Tiver sensação de falta de ar ou chiado ao respirar, mais de 1 vez por mês;
– Tiver tosse provocada pelo riso, choro intenso, ou exercício físico;
– Tossir mesmo quando não estiver com constipação ou gripe.

E terá a certeza, mediante estes sinais:
– Tosse que não desaparece
– Tosse durante a noite e / ou tossir até vomitar;
– Dificuldade respiratória constante e cansaço logo após o início de jogos ou de exercício;
– Respiração mais rápida do que o normal
– Quando a criança fica rabugenta, com má disposição ou dificuldade em falar
– Quando a criança se sente invulgarmente sonolenta e tem dificuldade  em
manter–se  acordada
– Quando os seus lábios ou pele apresentam cor azulada.

TRATAMENTO DA ASMA NA CRIANÇA

Aos primeiros sinais de alerta, a família deve procurar a ajuda do médico de família / pediatra, que naturalmente a encaminhará para um alergologista. Com este especialista será delineado um plano de ação que indicará, quer aos pais quer à criança, o que deverão fazer diariamente para controlar a asma, e também como agir, se o quadro asmático piorar.

O tratamento da asma infantil é semelhante ao do adulto e pode ser realizado com recurso à medicação, evitando, ao mesmo tempo, a exposição às substâncias que podem desencadear a crise asmática.

 

Vários dispositivos de inalação, aerossóis e também medicação oral, ou mesmo vacinas, terão de ter sempre a prescrição de um especialista, que também definirá quais as doses aplicáveis a cada caso e modo de administração.

Entretanto, convém que os pais afastem a criança de determinados fatores que contribuem para agravar o seu quadro, de forma a tentar evitar o aparecimento de outros problemas.
Junto do médico do seu filho, os pais devem procurar saber quais são os mais gravosos e qual o modo como a criança se pode afastar deles.

FATORES QUE CONTRIBUEM
PARA  PIORAR A ASMA INFANTIL:

Nas crianças alérgicas e sobretudo com a chegada da Primavera, as crises de asma podem ser desencadeadas ou agravadas pelos ácaros do pó, pólens das plantas, pelos de animais, bolores e determinados alimentos.

 

Como outros fatores que desencadeiam ou agravam os sintomas de asma, tanto nas crianças alérgicas como nas não-alérgicas, destacam-se:
– Infeções víricas
–  Sinusite
– Fumo do tabaco
– Agentes irritantes (perfumes, vernizes, tintas e outros cheiros ativos, como os vapores de cozinhados, o fumo de madeira e óleo, etc.
– Poluentes atmosféricos
– Alterações climatéricas / Tempo frio e humidade
– Alguns tipos de medicamentos
– Ambientadores / atomizadores com cheiros intensos.
– A prática de exercício físico (ainda que possa ser realizado, em determinadas condições…).

***

Na próxima semana veremos alguns cuidados especiais a ter com as crianças com asma e qual a opinião dos especialistas sobre o papel do exercício físico e de uma alimentação especial, no quadro deste problema de saúde que tanto afeta o bem-estar físico e psíquico dos mais novos, com todas as implicações daí decorrentes…

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