As crianças e ar que respiram nos estabelecimentos de ensino.

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Nesta altura em que os mais novos já pensam nas férias escolares, está na ordem do dia a (má) qualidade do ar interior em muitas salas de aula das escolas portuguesas!

Num estudo que avaliou 17 escolas portuguesas, durante um ano, as conclusões revelam que de escola para escola essa qualidade oscila muito e em alguns casos está longe do ser boa.

Célia Alves, investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro, liderou a equipa que conduziu este estudo e que mediu a concentração de muitos compostos químicos, de algumas bactérias e fungos, bem como da temperatura (que consideraram, de um modo geral, adequada) e da humidade – avaliada como excessiva, em muitos casos.

Monóxido de carbono, dióxido de carbono, formaldeído e partículas foram encontrados em concentrações que em vários casos excederam os limites permitidos por lei.

Como é sabido, em certas concentrações alguns compostos levam à perda de atenção, da capacidade de concentração e da produtividade, bem como ao desenvolvimento de asma e alergias. Por isso a qualidade do ar interior em escolas básicas de Portugal é um problema de saúde pública, para o qual os cidadãos devem estar alerta e informados, pressionando os governantes.

Entretanto, os investigadores forneceram algumas recomendações às escolas que participaram no estudo, propondo medidas de baixo custo que podem alterar, para muito melhor, o ar que as crianças respiram.

São recomendações a seguir também em casa, relacionadas com uma boa ventilação, o controlo de humidade, com recurso a desumidificadores quando necessário, a uma escolha cuidadosa de tintas, mobílias ou mesmo produtos de limpeza e, por último mas não menos importante, a um aparelho purificador do ar.

PROJETO “SINPHONIE” JÁ ARRANCOU!

Na sequência deste estudo foi agora apresentado, pela Universidade do Porto, um projeto que visa também avaliar a qualidade do ar nas escolas portuguesas.

É o projeto “SINPHONIE”, cujo objetivo – no âmbito das recomendações da Organização Mundial de Saúde e do Plano de Ação Ambiente e Saúde para a Europa – passa pela redução e prevenção das doenças respiratórias provocadas pela poluição do ar interior e exterior.

Tem como principais objetivos a avaliação da qualidade do ar interior de um conjunto de escolas do 1º ciclo do ensino básico e jardins de infância, e o estudo do impacto das ondições do ambiente interior na saúde e desempenho das crianças, bem como desenvolver prioridades locais e nacionais em saúde na idade escolar.

Esta ação, que conta com o apoio da Direção Regional de Educação do Norte (DREN) e da Câmara Municipal do Porto (CMP), será continuada por um projeto de âmbito nacional que envolverá 20 escolas (80 salas de aula) abrangendo 1600 crianças, e no qual se avaliarão os efeitos na saúde das crianças da exposição ao ar interior das escolas e da própria habitação.

Nota: O projeto europeu SINPHONIE – Schools Indoor Pollution and Health: Observatory Network in Europe – financiado pela DG Sanco vai arrancar também em Portugal.
Liderado pelo Instituto de Engenharia Mecânica – Pólo FEUP (IDMEC-FEUP) e pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), o projeto conta também com a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e a Universidade de Aveiro (UA).

“AS CRIANÇAS SÃO MAIS SUSCETÍVEIS ÀS ALERGIAS”!

A Airfree vem desde há muito a alertar pais e educadores sobre este tema.

Segundo Comunicados de Imprensa da marca nacional de purificadores do ar, “as crianças passam a maior parte de seu tempo na escola e infantários, onde a má qualidade do ar pode desencadear dores de cabeça, congestão nasal, problemas respiratórios, irritação nos olhos / nariz / garganta, tosse, problemas de fissuras na pele, ataques de alergia e asma e, consequentemente, queda da performance mental e aumento do número de faltas…

“É que por incrível que pareça, a concentração de poluentes em ambientes internos pode ser até 100 vezes maior do que em ambientes externos… E as crianças são mais suscetíveis às alergias respiratórias do que os adultos, dado que 80% dos alvéolos pulmonares só são formados no período pós-natal, levando à maior propensão a danos pulmonares. Além disso, crianças respiram maior quantidade de ar em relação ao volume corporal.”

Fica o alerta, para que todos possamos proteger a saúde da família, desde a mais tenra infância.

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