Rock in Amazônia: Música e sustentabilidade

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“Mais do que árvores, vamos plantar esperança”…Tal é o mote do Projeto Social Amazónia Live, que o Rock in Rio agora lançou, numa Campanha que quer mobilizar a população para que se plantem, pelos menos, 1 milhão de árvores na floresta amazónica.

Para o Rock in Rio, a música é uma linguagem universal que une pessoas em todo o mundo através da emoção, representando uma importante plataforma para as causas socio-ambientais.
O pilar de sustentabilidade do festival — Por Um Mundo Melhor— foi criado em 2001 e já beneficiou milhares de pessoas no Brasil, em Portugal, Espanha, nos Estados Unidos e em diversos outros países. Os investimentos resultam da venda de bilhetes e de ações promovidas juntamente com os parceiros.
Agora, a organização do festival inicia um movimento global que ajudará na restauração florestal da Amazónia, e que tem como principal objetivo chamar a atenção das pessoas para a importância do consumo consciente dos recursos naturais do planeta, convidando-as a serem agentes ativos no combate às alterações climáticas, através da sua própria mudança de comportamento.

Iniciativa vai “respirar” até 2019

Este mês, o Rock in Rio realizou o lançamento do Amazónia Live – Projeto Social do Rock in Rio para todas as edições do festival ao redor do mundo, até 2019. Foi apresentada uma campanha de mobilização que incentiva a população a abraçar a causa, sob o mote “Mais do que Árvores, Vamos Plantar Esperança”.
O Amazónia Live, que em Portugal conta com o apoio técnico e mobilizador da Quercus, visa arrecadar fundos com vendas de ingressos e ajuda de parcerias, para que o festival possa plantar, pelo menos, um milhão de árvores para a restauração de áreas na cabeceira e nascentes do Rio Xingu.

“Mensagem musical” sobre uma folha… 

O ponto alto desta causa será o grande show que acontecerá numa plataforma flutuante no Rio Negro, em Manaus, com o formato de uma grande folha, e que poderá ser visto em todo o mundo.
Mas apenas 200 pessoas, entre formadores de opinião e jornalistas, vão ter a oportunidade de assistir, no local, a este espetáculo que na apresentação contará com o tenor lírico Plácido Domingo, atuando com a Orquestra Sinfónica, e ainda com o tenor Saulo Lucas, que vai interpretar a canção “Canto Della Terra”.

A abrir o espetáculo subirá ao palco Ivete Sangalo, que ainda em Manaus, e na mesma data, apresentará um espetáculo aberto ao público, com o objetivo de chamar a atenção para as questões socio-ambientais e que também dará início à contagem decrescente para a próxima edição do Rock in Rio Brasil, em 2017.
Paralelamente, o maior evento de música e entretenimento do mundo vai lançar, em Portugal e no Brasil, uma campanha publicitária com o ator Marcos Palmeira.

Figuras públicas e anónimos na mesma causa

O investimento total nesta iniciativa será de quase 7 milhões de euros, incluindo custos de plantação, assistência técnica, monotorização e gestão, campanhas de media, produção do espetáculos e custos logísticos.
Mas para Roberto Medina, organizador do Rock in Rio, “este é o grande investimento de uma empresa privada que pensa num retorno direto para o planeta e não para uma causa própria. E o investimento não será apenas financeiro, mas também uma união de esforços, com o envolvimento de figuras públicas e anónimos em prol de uma causa social e ambiental”.

Amazónia: a maior biodiversidade do planeta

A Amazónia (que representa 58,8% do território brasileiro), estende-se por cerca de 6 milhões de quilómetros quadrados ao longo de nove países sul-americanos – Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.
É o maior bioma do Brasil, ocupando 4,1 milhões de quilómetros quadrados deste país, e é nesta floresta que crescem 2.500 espécies de árvores, o que corresponde a 1/3 de toda a madeira tropical do mundo.
Só na Amazónia brasileira existem cerca de 30 mil espécies vegetais (das 100 mil da América do Sul), 1,8 mil de peixes, 399 de mamíferos, 1,3 mil de aves, 284 de répteis e 250 de anfíbios. No bioma está também a maior bacia hidrográfica do mundo, que ocupa cerca de 6 milhões de km2 e tem 1.100 afluentes. O rio Amazonas, o maior da região, lança a cada segundo cerca de 175 milhões de litros de água no Oceano Atlântico.
São dados da Raisg – Rede Amazónica de Informação Socioambiental Georreferenciada, segundo a qual o Brasil perdeu já 632 mil km2 de florestas, o que afeta o clima e o equilíbrio das chuvas e atinge diretamente quem está perto, mas também quem vive longe da floresta.

No “pulmão do mundo”, qual o impacto da desflorestação?

O impacto da desflorestação da Amazónia afeta a vida de todos, pois este “pulmão do mundo” desempenha um papel único na redução do impacto do aquecimento global.
Cerca de 200 bilhões de toneladas de carbono estão contidos na vegetação tropical do mundo inteiro, dos quais se estima que cerca de 70% se encontrem na Amazónia.  Sem ela, a capacidade de retirar o CO2 atmosférico concentrar-se-ia unicamente no oceano, pondo em perigo a vida de diversas espécies de animais, que correriam o risco de se extinguir devido ao aumento da temperatura da Terra. Um dos graves efeitos mundiais da desflorestação é, sem dúvida, a diminuiçãoda biodiversidade global, mas também a contribuição para o aquecimento global…

– Hoje, 1/3 da população mundial não tem acesso a água potável;
– Se a temperatura global aumentar 2,5°C acima dos níveis pré-industriais, este número pode duplicar;
– Uma floresta com 3 milhões de árvores transpira a cada dia cerca de 48 milhões de litros de água;
– A Amazónia detém 20% de toda a água doce do planeta.

 

Vamos doar uma árvore?

Em Portugal a campanha de doações já arrancou, estando disponível na plataforma www.esolidar.com/rockinrioamazonialive , também com a opção de doação de árvores, de forma a que a população se envolva nesta causa, ajudando a aumentar a área reflorestada.
A mensagem transmitida é um alerta para a importância do consumo consciente dos recursos naturais do planeta e uma sensibilização para que cada pessoa seja agente ativo no combate às alterações climáticas através da sua própria mudança de comportamento. No âmbito desta Campanha, clique em #EUPLANTEI e aceite o convite para plantar uma árvore na Amazónia.

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30 ANOS DE ROCK IN RIO

Nascido no Rio de Janeiro, o Rock in Rio é o maior evento de música e entretenimento do mundo. Criado em 1985 e celebrando 30 anos de vida, é parte relevante da história da música mundial e conquistou não só o Brasil, como também Portugal, Espanha e, em maio de 2015, os Estados Unidos, sempre com a ambição de levar todos os estilos de música aos mais variados públicos.
Mas muito mais que um evento de música, pauta-se também por ser um evento responsável e sustentável, tendo, através do projeto “Por Um Mundo Melhor”, assumido o compromisso de consciencializar as pessoas para o facto de pequenas atitudes no dia-a-dia serem o caminho para fazer do mundo um lugar melhor para todos e um legado positivo para as cidades onde se realiza.
Site oficial do Rock in Rio-Lisboa: www.rockinriolisboa.sapo.pt

QUERCUS: PEQUENAS AÇÕES, TODA A DIFERENÇA…
Para João Branco, Presidente da Quercus, “o Amazónia Live é um projeto de uma dimensão e importância socio-ambiental inquestionável, e por isso é com enorme dedicação que abraçamos esta causa, querendo ter um papel determinante nesta iniciativa, nomeadamente em Portugal.
Queremos ser agentes ativos na sensibilização da população mundial e, mais especificamente, nacional, reforçando o apelo para que as pessoas mudem pequenas ações do seu dia-a-dia, que poderão fazer toda a diferença no impacto ambiental em todo o mundo.”

UMA PALAVRA A ROBERTA MEDINA
“Temos consciência que esta ação, ainda que aconteça na Amazónia, terá impacto e efeitos em todo o mundo, e é por isso que achamos que faz todo o sentido envolver Portugal neste projeto, contribuindo assim para um mundo melhor. Ter o apoio técnico e mobilizador da Quercus é, para nós, fundamental”, afirma Roberta Medina, vice-presidente executiva do Rock in Rio.

A fechar…

  • As alterações climáticas têm vindo a potenciar mais riscos do que nunca em termos de crises de água, escassez de alimentos, crescimento económico restrito, coesão social mais fraca e aumento dos riscos que afetam a segurança.
  • Como a atmosfera não tem fronteiras, estima-se que cerca de 90% de todas as catástrofes naturais registadas na Europa, desde 1980, tenham sido causadas direta ou indiretamente pelas alterações climáticas.

Agradecimentos:
Quercus – Associação Nacional de Proteção da Natureza

Coordenação de textos:
MLG – Comunicação e Serviços

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