Novembro Infeccioso e a responsabilidade ambiental

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Foi um mês que ficará para a História, ligado às infrações ambientais que, de forma grave e em tempo record, mais pessoas vitimaram… Agora é tempo de exigir responsabilidades, e de um alerta e fiscalização que previna idênticos casos no futuro…

Começou no dia 7 e assustou com a Legionela, que até final deste mês ainda deu e vai dar que falar, designadamente quanto às indemnizações que estão a ser pedidas pelos sobreviventes à infeção…

Continuou, a 18, com a intoxicação de algumas dezenas de funcionários de uma grande empresa, em Beja, motivada por um pesticida usado para matar uma infestação de piolho do pombo, que os fez terem de receber assistência hospitalar. Intoxicação que, aliás, veio a repetir-se a semana passada…

E por volta do dia 20, um surto de sarna numa escola secundária da Ilha de São Miguel levou muitas crianças a ter de, igualmente, receber assistência e ficar em casa até poderem voltar ao estabelecimento de ensino.

 Falta de controlo da bactéria, até quando?

 Até 4ª feira 20 de Novembro e segundo a revista “Meios e Publicidade”, já tinham sido publicados 7.505 artigos noticiosos sobre o surto de Legionela, número que inclui a Imprensa escrita e Online, Rádio e TV’s, demonstrando a enorme atenção dos media a este tema que mobilizou as atenções gerais durante cerca de 15 dias, com especial enfase na 1ª semana.

Considerado o pior de sempre em Portugal, o recente surto de Legionela veio acender novos receios sobre perigos que espreitam o cidadão comum a partir de um ato tão “inofensivo” como o de… respirar!

Instalado o medo, as pessoas interrogam-se sobre o ar que se respira nas empresas, recintos desportivos e escolas, querendo saber se os sistemas de ar condicionado desses ambientes internos são revistos com a regularidade necessária para assegurar a tranquilidade de quem neles passa muitas horas do seu dia.

Isto não obstante saber-se que existiu uma boa e rápida resposta dos especialistas na área ambiental da DGS, tendo inclusive a OMS elogiado o comportamento das autoridades responsáveis face à grave ocorrência.

No entanto, neste caso como noutros em que “a culpa morre solteira”, identificar responsabilidades sobre as 336 pessoas infetadas e 10 vítimas mortais não é fácil. Vários especialistas surgiram a denunciar a falta de controlo da bactéria no País. Isto porque o Executivo revogou, em 2013, a legislação que obrigava à realização de auditorias à qualidade do ar interior e de pesquisa da Legionela.

Sarna, um dos problemas a prevenir nas escolas…

Cerca de vinte alunos da Escola Secundária da Lagoa, na ilha de São Miguel, Açores, ficaram em casa este mês, devido a um surto de sarna.

A ocorrência de surtos de sarna (ou escabiose) não é pouco comum, até porque a doença é facilmente propagável. Os ácaros que provocam a sarna vivem na pele e são transmissíveis através do contacto com a pele ou através da roupa, tecidos e mesmo mobiliário contaminado.

E apesar de as autoridades de saúde terem prontamente controlado a situação, o tema vem lembrar que as escolas são um bom veículo para a propagação de doenças e devem, por isso, receber a melhor atenção dos responsáveis.

Também a qualidade do ar que se respira nestes espaços – onde os mais novos passam tantas horas do seu dia – deve estar entre as preocupações de pais e educadores, já que nem sempre é a mais recomendável…

RESPONSABILIZAÇÃO AMBIENTAL DAS EMPRESAS

Desde 2010 só se registaram no País 6 condenações

de pessoas, por crime ambiental!

Em comunicado à Imprensa em meados de Novembro a Quercus alerta para a necessidade de o País ter uma verdadeira fiscalização ambiental que, sendo eficaz, evitaria certamente a ocorrência de novos danos ambientais, e refere-se ao poder preventivo de coimas, como elemento dissuasor dos infratores…

“A Quercus tem repetidamente alertado, tanto o atual como anteriores Governos, para os riscos ambientais e de Saúde Pública que a ausência de um regime de responsabilidade ambiental acarreta para o País. Não sendo, por si só, suficiente para evitar todas as infrações em matéria ambiental, é indubitável que uma maior e – sobretudo – uma mais eficaz responsabilização civil subjetiva e objetiva dos operadores / poluidores contribuiria decisivamente para prevenir a ocorrência de ilícitos ambientais e de surtos epidémicos que tenham na sua origem uma atividade poluidora. Como contribuiria, igualmente, pelo efeito dissuasor das coimas, e / ou outras sanções ou penas a aplicar, para diminuir os riscos e a quantidade de atividades empresariais desenvolvidas de forma ilegal e irresponsável, e que põem em risco o Ambiente e a Saúde Pública.”

 ***

 URGE FISCALIZAR OS “EDIFÍCIOS DOENTES”…

E nunca é demais lembrar o tema dos “Edifícios Doentes”, derivado da alta concentração de poluentes, materiais sem B.I. usados na construção, ventilação deficiente dos edifícios, entre outros problemas que fazem com que os mais novos, nos estabelecimentos de ensino, estejam expostos várias horas por dia à presença de alérgenos de ácaros, fungos, bactérias e vírus no ar.

Mas nem só as escolas se enquadram na classificação de edifícios “doentes”, já que ela é dada genericamente a construções onde existam focos de diversos tipos de poluentes, entre eles os de origem biológica. Isto é uma realidade em grande número de empresas que têm ambientes propícios a gerar contaminantes que se propagam através do ar.

De forma geral, um edifício enquadra-se na “Síndrome dos Edifícios Doentes” quando pelo menos 30% dos ocupantes se queixa de sintomas não específicos, como dor de cabeça, letargia, espirros, irritação nos olhos, pele e garganta.

Palavra de ordem: purificar!

Em muitas destas empresas, tal como nas escolas e casas de habitação é fundamental tratar o ar que se respira, também com o recurso a purificadores de ar.

A Airfree tem no mercado aparelhos distintos, tanto destinados a uso doméstico, como industrial, com modelos próprios para explorações agrícolas, escolas, hotelaria, entre outros.

 

Texto: MLG

Agradecimento à Quercus

(Comunicado de Imprensa Responsabilização Ambiental)

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