Bolor e alergias: se agrava nos meses de outono/ inverno

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Geralmente pensa-se em bolor e associa-se a um cheiro desagradável e manchas que desfeiam as paredes e estragam as nossas roupas. Este fungo é um verdadeiro inimigo da saúde, como comprovam investigações realizadas por Universidades europeias e americanas.

De facto, existe um cada vez maior número de provas que relacionam o bolor às reacções alérgicas e à asma.

Fatores ambientais – Atuam como “gatilhos” de reações alérgicas. Investigadores em todo o Mundo têm demonstrado que o facto de se viver em casas com bolor está relacionado com a diminuição da função pulmonar, aumento no risco de falta de ar e tosse persistente, crises de asma e alergias, rinoconjuntivite, deflagração dos sintomas de rinite e também risco de asma diagnosticada em crianças predispostas.

Predisposição Genética

Será o primeiro fator a considerar no caso das reações alérgicas. Quando ambos os pais são alérgicos há uma hipótese de 50% de que os filhos também desenvolvam alergias. Quando apenas um dos pais é alérgico, a hipótese cai para 30%.

Entretanto, a exposição a certos tipos de bolor aumenta o risco de sensibilidade da criança para outros alérgenos provenientes dos ácaros da poeira doméstica, de grãos de pólen, animais de estimação, e de alimentos.

Estima-se que 21% de todos os ataques de asma estejam relacionados com a humidade e bolor, totalizando milhões de casos por ano e biliões de dólares de custos com a saúde.

Bolor nos Locais de Trabalho

Investigações centradas em ambientes de trabalho confirmam que o bolor contribui para problemas de qualidade do ar e para a Síndrome dos Edifícios Doentes, que a Organização Mundial de Saúde diz existir quando pelo menos 20% dos ocupantes se queixam de sintomas como fadiga, dores de cabeça, falta de ar, irritação da pele, etc.

Há relatos de situações em que 66% dos ocupantes de um escritório se queixavam de sintomas respiratórios antes de procedimentos de limpeza do bolor. Depois de duas intervenções, quando nenhum bolor visível ou odor foram detetados, as queixas caíram para 4%.

Num outro estudo, a eliminação do bolor foi responsável pela diminuição em 75% do absentismo médio por ano; diminuição em 86% de consulta médica devido a condições do trabalho; diminuição de 33% em sintomas de bronquite; diminuição de 26% em problemas de sinusite e de 30% de redução na administração de medicamentos para alergias.

Concluindo

O facto de se viver e trabalhar em habitações e escritórios com bolor está relacionado com crises de asma e alergias respiratórias, sendo necessárias medidas de controlo para manter uma boa qualidade do ar.

Na próxima semana veremos outras “ligações perigosas” do bolor, designadamente a nível de infeções, efeitos tóxicos e mesmo depressões.
E apontaremos algumas medidas para livrar a casa, o mais possível, destes nocivos fungos!

Nota

Este texto teve a revisão técnica do Departamento de biologia da Airfree, que tem desenvolvido contínuas pesquisas nesta área, e divulgado estudos e alertas a nível mundial sobre a enorme dimensão dos efeitos nocivos do bolor para a saúde.

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