O final de setembro marca o regresso de todos ao trabalho, designadamente aos escritórios. Estes, como outros espaços internos, são os locais onde passamos a maior parte do nosso tempo. E que ar respiramos aí?
Entre escritórios, unidades de prestação de ensino, de cuidados de saúde, e outros estabelecimentos públicos e comerciais, os trabalhadores passam a maior parte do seu tempo em ambientes fechados.
E a qualidade do ar que se respira dentro dos edifícios é um fator importante e fundamental para a saúde e produtividade.
De facto, estudos realizados demonstram que a má qualidade do ar interior em edifícios tem relação direta com a falta de bem-estar dos seus ocupantes, que apresentam muitas vezes letargia ou cansaço, dores de cabeça, tonturas, vómitos, irritação das mucosas, sensibilidade a odores, irritação dos olhos e / ou garganta, congestão nasal, dificuldade de concentração e mau estar físico ou psicológico, entre outros sintomas.
Segundo a OMS, à poluição do ar interior estão associados efeitos na saúde das pessoas.
As concentrações de poluentes em ambientes internos são cerca de 2 a 5 vezes superiores à dos ambientes externos e, ocasionalmente, essas concentrações podem ser 100 vezes superiores.
As principais fontes de poluição estão relacionadas com características do próprio edifício, da sua ocupação, e modo de utilização.
Alguns exemplos:
- Má conceção dos edifícios;
- Ventilação inadequada, muitas vezes devido ao facto de não se abrirem as janelas;
- Deficiente filtração do ar fornecido;
- Falta de manutenção e limpeza das instalações e dos sistemas de climatização;
- Insuficiente entrada e distribuição de ar do exterior para o interior;
- Presença permanente de fontes de contaminação (equipamento, pavimento alcatifado, plantas, ocupantes com hábitos tabágicos, etc.);
- Condições de conforto térmico inadequadas.
Para minimizar e eliminar, na medida do possível, os problemas associados à má qualidade do ar interior em escritórios, é necessário um conjunto de ações, idealmente de caráter preventivo, que atuem sobre os fatores de risco.
7 Dicas para melhorar a qualidade do ar em escritórios:
- Identificar e controlar as fontes poluentes. Por exemplo, evitar o uso de tabaco, eliminar o excesso de papel, selecionar materiais e produtos menos poluentes;
- Preferir pisos cerâmicos (pisos frios) ou de madeira, às carpetes, para reduzir a quantidade de microrganismos provenientes do piso.
- Renovar o ar, seja através do ar condicionado ou da abertura de portas e janelas, especialmente em ambientes onde exista aglomeração de funcionários. Isto auxiliará a diluir os poluentes internos e evitar infeções.
- Realizar a manutenção regular dos sistemas de ventilação e aparelhos humidificadores e desumidificadores, evitando o acumular de microrganismos indesejáveis nestes aparelhos.
- Melhorar os procedimentos de limpeza, selecionando métodos e materiais com menores efeitos na saúde. Por exemplo, recorrer a panos húmidos em vez de espanadores evita que os microrganismos sejam aerolizados no momento da limpeza.
- Disponibilizar aos funcionários álcool a 70%, ou produtos em gel para a higienização das mãos, especialmente em épocas de maior incidência de gripes e resfriados. É importante reduzir a contaminação através de superfícies, por microrganismos indesejáveis.
- Garantir um ambiente mais saudável com recurso a um Purificador do Ar, que promove a limpeza dos espaços internos, na redução drástica da quantidade de alérgenos de ácaros, fungos, bactérias e vírus.