Incêndios florestais e fogueiras

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versus Alergias…

 Por mão criminosa ou descuido, os incêndios florestais têm sido uma constante nos meses de Verão, com enorme impacto na cadeia de consequências ambientais.  

 Com maior ou menor passividade as pessoas assistem, todos os anos, à destruição de milhares de hectares de floresta consumidos pelo fogo, dando origem à alteração dos ecossistemas florestais.

 O Dia da Floresta, que acaba de ser assinalado, foi pretexto para lembrar que “a floresta nacional vive um momento de profunda agitação”, motivada em grande parte pelas áreas ardidas, destruição de espécies únicas e alterações climatéricas…

 De facto, a combustão de enormes volumes de materiais lenhosos e vegetais origina enorme poluição do ar, efeitos sobre as árvores (ataques de doenças e pragas, redução no crescimento, alterações das espécies) e sobre os organismos vivos do solo, como fungos e bactérias – em que se incluem, por exemplo, os ácaros. Contabilizam-se também os efeitos sobre o solo, com a infiltração e movimento das águas, alteração da temperatura e humidade do ar, velocidade do vento, etc..

 Despidos de proteção, designadamente no período estival, os solos sofrem a erosão pelas chuvas no Outono / Inverno, sendo “transportados”, e assim obstruindo canais, dificultando o escoamento da água e potenciando as cheias…

 Entretanto, estes incêndios, não só pela elevada frequência com que acontecem, mas também pela sua dimensão e efeitos destruidores, são já considerados como as catástrofes naturais mais graves no País!

 E, além dos prejuízos económicos e ambientais, representam ainda uma fonte de perigo para as populações, com ferimentos e óbitos cada vez mais frequentes, sobretudo quando se assiste a um crescimento das áreas residenciais na direção da floresta.

 No saldo, esta alteração dos ecossistemas florestais vem piorar o quadro dos alérgicos, agravando as estatísticas que anunciam atualmente serem as doenças e perturbações do aparelho respiratório as patologias que mais matam em Portugal!

 Saltar à fogueira? 🙂 Pergunte ao seu médico!

Certo é também que para a nossa enorme população de alérgicos – 1 em cada 5 pessoas – o fumo é algo a evitar a todo o custo, seja o das proximidades de incêndios, das queimadas ou das fogueiras, frequentes nas festas de Verão fora das grandes cidades…

O fumo pode desencadear crises de asma, rinite, bronquite e até alergias oculares. Por isso os especialistas aconselham que os alérgicos se afastem das fogueiras e, em caso da proximidade de incêndios ou queimadas, recorram à colocação de toalhas molhadas para vedar ao máximo possíveis frestas de portas e janelas.

Além dos pulmões, o fumo pode atacar também os olhos, que reagem apresentando conjuntivite alérgica. Ardor, desconforto e lacrimejamento são os sinais da agressão, além de possível edema de pálpebra, com inchaço.

 

Para estes casos, um conselho: limpeza dos olhos com soro fisiológico, compressas de água gelada, não coçar e procurar um médico, redobrando cuidados com as crianças, que não devem ficar perto de uma fogueira, não só pelo fumo em si, mas também pelo risco de queimaduras se uma faísca as atingir!

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