Asma nas escolas

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Como é a qualidade do ar na escola do seu filho?

Sabia que se ela for má é maior a probabilidade de crises asmáticas, da diminuição da produtividade nas salas de aula e do aumento do absentismo?

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Quem tem filhos com problemas respiratórios, designadamente a asma, já terá passado pelas interrogações de como a escola pode influir na melhoria ou pioria dos sintomas… É um facto que muitos dos nossos estabelecimentos de ensino se inserem na categoria de “edifícios doentes”, ou seja, aqueles que pecam pela alta concentração de poluentes, materiais sem B.I. usados na construção, ventilação deficiente dos edifícios, etc…

Atualmente existe uma percentagem de alérgicos na ordem dos 30% da população. Por isso a comunidade médica tem vindo a alertar para esse número e possível aumento, principalmente entre as crianças. Além das rinites e alergias a alimentos, a asma também entra na estatística das doenças crónicas mais relevantes na infância.

Entre os fatores que contribuem para as crises, está a exposição a aeroalérgenos, designadamente os que estão presentes em fungos (especialmente os mofos), ácaros e animais de estimação. Tal como o nome indica, são alérgenos facilmente lançados no ar e inalados em ambientes internos.

Mas se o ambiente caseiro pode ser controlado, com a adoção de medidas preventivas de exposição, será que o mesmo acontece nos ambientes escolares? Dificilmente.

Baixa ventilação, alta concentração de gás carbónico…

Estudos a nível mundial mostram que os estabelecimentos de ensino podem ser contaminados e contribuir para crises nas crianças e adolescentes. E muitas vezes é o próprio ambiente o responsável por expor a criança asmática a agentes.

Conclusões destas pesquisas indicam que as salas de aula podem apresentar más condições de qualidade do ar e que muitas têm problemas de baixa ventilação, a qual é medida pela quantidade de gás carbónico emitida através da respiração. Quanto maior for a concentração deste gás, menor será a taxa de renovação com o ambiente externo.

Um estudo americano encontrou níveis mais elevados do que os recomendáveis em 75% das escolas analisadas. Um estudo holandês encontrou níveis elevados em todas as escolas analisadas, em 27% a 97% do tempo em que as crianças frequentavam as aulas. Já um estudo sueco mostrou concentrações elevadas em 41% das medições realizadas em 96 salas de aula!

O problema das salas com alta ocupação…Regra geral, a baixa renovação do ar está associada a um aumento dos contaminantes no ambiente interno, especialmente bactérias, dado que a principal fontes são as próprias crianças. Salas com alta ocupação e baixa ventilação tendem a apresentar maior quantidade de bactérias.

E sabe-se que estas podem não só causar infecções, mas serem também responsáveis por ataques asmáticos em crianças. Isto é especialmente verdade para um grande grupo de bactérias, denominadas gram-negativas.

Medições de alérgenos de ácaros mostraram concentrações 20 vezes mais elevadas em salas de aula em que havia reclamações de crises de alergias e asma, quando comparadas com salas de aula em que essas reclamações não existiam.

Aqui há gato!…

Apesar de poucos saberem, alérgenos de gatos são amplamente transportados entre ambientes. Pesquisas mostram que crianças que têm amigos donos de gatos podem apresentar alérgenos desses animais nos próprios travesseiros, já que aqueles, através da roupa que a criança veste, são transportados para o ambiente escolar e, posteriormente, para casa.

Escolas que apresentam carpetes podem ter uma concentração 11 vezes superior de alérgenos desses animais. Cadeiras estofadas também podem apresentar concentrações 10 vezes superiores do alérgeno quando comparadas ao chão da sala de aula.

Já a contaminação por fungos pode também chegar a valores elevados, designadamente os encontrados em salas com carpetes.

Como resultados da má qualidade do ar estão o aumento de crises asmáticas, a diminuição da produtividade nas salas de aula e o aumento do absentismo. Um estudo mostrou que creches (day care centers) com salas de aulas contaminadas por mofo tinham o dobro de faltas por problemas de saúde, quando comparadas com creches sem contaminação visível.

 

ATENÇÃO, PAIS!

O conselho de especialistas para os pais e outros encarregados de educação é que pensem nas escolas em que as crianças estudam não apenas na ótica da qualidade do ensino, mas também em relação à estrutura fornecida. No caso de crianças asmáticas devem evitar-se escolas com carpetes em qualquer área, cadeiras estofadas, muitos materiais porosos dentro da sala e contaminação visível por mofo.

Também é importante questionar a rotina da limpeza e produtos utilizados. Ou seja, deve preferir-se escolas com rotinas diárias antes e após a saída do aluno da sala e que prefiram utilizar linhas verdes ou produtos que não deixam resíduos para a higienização de superfícies.

Nota:

A Airfree está disponível para agilizar, com o apoio de laboratórios especializados, análises à qualidade do ar em estabelecimentos de ensino e, de acordo com os resultados dos testes, propor soluções.

A marca considera que este é um desafio que precisa ser avaliado em conjunto com as Direções Escolares, para a melhor qualidade de vida e bem-estar das crianças e jovens, que nas salas de aula passam grande parte dos seus dias!

Agradecimentos:

– Dra. Cristiane Minussi – Bióloga, PhD em fungos e bactérias.

Coordenação:

– MLG, Comunicação e Serviços – mlg@mlg.pt

 

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