Asma, alergia e seu diagnóstico!

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As doenças alérgicas (ex.: asma, rinite, urti­cária, alergia alimen­tar) tiveram um aumento expo­nencial nas últimas décadas, particularmente nas populações com estilo de vida ocidental.

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Na Europa até 30% da po­pulação têm rinite e / ou con­juntivite alérgica, até 15% têm asma e 15% doenças alérgicas da pele. Com frequência se as­sociam entre elas e, por exemplo, 80% dos asmáticos têm rinite e até 40% dos doentes com rinite sofrem de asma, embora nem sempre isso seja reconhecido pelo doente nem pelo médico.

O facto de as alergias terem, com frequência, uma agrega­ção familiar e de se traduzirem por uma inflamação crónica dos nossos órgãos de contacto com o meio exterior faz com que as doenças alérgicas se possam iniciar muito precocemente (nos primeiros meses de vida) e acompanhar o indivíduo durante muitos anos (até à sua juventu­de e idade mais produtiva) ou até se manifestarem na 3.ª ida­de. Tornam-se doenças crónicas, que afetam significativamente a qualidade de vida, muitas vezes manifestando-se em diferentes órgãos ao longo da sua evolu­ção. A asma manifesta-se por falta de ar, chiadeira no peito, com tosse irritativa, que surgem subitamente, por exemplo à noi­te ou com o exercício.

Com frequência essas quei­xas surgem após exposição a alergénios (ácaros do pó da casa, gato, pólen, etc.), e tam­bém após “viroses respirató­rias”, com o ar frio ou com a exposição a fumo de tabaco e vapores irritativos.

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O diagnóstico de asma é baseado nestes sintomas, que são devidos a obstrução variável dos brônquios; essa obstrução variável pode e deve ser con­firmada por provas funcionais respiratórias.

O diagnóstico específico da alergia deve ser complementado por testes especializados (testes cutâneos e provas laboratoriais). A identificação do(s) alergénio(s) desencadeante(s) permite mini­mizar o mais possível a expo­sição e, não sendo exequível, planear um reforço da medica­ção preventiva de controlo da doença, nos períodos de maior exposição.

Também o tratamento espe­cífico e curativo da alergia, as vacinas de alergia (imunoterapia específica), passa pela identifi­cação precisa, pelo médico imu­noalergologista, dos alergénios que desencadeiam os sintomas. Quando instituídas numa fa­se precoce da doença, as vaci­nas de alergia podem prevenir a evolução da doença alérgica, diminuindo a probabilidade do aparecimento de novas sensi­bilizações (a outros alergénios) e o desenvolvimento de asma nos doentes com rinite alérgica.

Artigo de Luis Delgado,

Presidente da SPAIC – Sociedade Portuguesa

de Alergologia e Imunologia

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SOBRE A SPAIC

Fundada a 10 de julho de 1950 como Sociedade Portuguesa de Alergia, a SPAIC é a maior associação científica nacional que agrega especialistas médicos (imunoalergologistas), investigadores e técnicos dedicados ao estudo da alergia, asma e imunologia clínica, organizando regularmente uma gama alargada de programas para formação e desenvolvimento nessas áreas. www.spaic.pt

 

Agradecimentos:

Revista “Especial Vida Saudável”,

da Global Media Group para a Bial

Especial Vida Saudável

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“TU PODES CONTROLAR A TUA ASMA”

O Dia Mundial da Asma foi celebrado pela primeira vez em 1998.

Trata-se de uma iniciativa da GINA – Global Initiative for Asthma (Iniciativa Global para a Asma), que congrega prestadores de cuidados de saúde com o objetivo de divulgar informação sobre a doença e melhorar os cuidados de saúde em todo o mundo, estando agora planeada uma campanha com o objetivo de reduzir em 50% as hospitalizações por esta patologia.

O tema para este Dia em 2015 continua a ser “Tu podes controlar a tua asma”, mensagem que pretende estimular os doentes a representarem uma parte ativa no controlo da asma.

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