Dia mundial sem carro

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Saia de bicicleta, saia de transportes públicos, inclusive de comboio, saia de skate, saia… A PÉ!
Deixar o carro em casa é a mensagem das entidades que se preocupam em libertar o meio ambiente da poluição que ele gera, e as pessoas, da sua dependência. Ao menos, por um “Dia”.

O Dia Mundial sem Carro (em inglês, World Car Free Day) é uma data internacional celebrada a 22 de setembro em cidades de todo o mundo, com o objetivo de estimular uma reflexão sobre o uso excessivo do automóvel, propondo às pessoas que dirigem todos os dias que revejam a dependência que criaram em relação ao carro ou moto. A ideia é de que se experimentem, pelo menos nesse dia, formas alternativas de mobilidade, descobrindo que é possível a locomoção na cidade sem usar o automóvel, e que há vida além do
para-brisa.
O dia 22 fecha a chamada Semana Europeia da Mobilidade SEM), este ano subordinada ao tema “Mobilidade Verde, Partilhada e Inteligente”, com atividades dedicadas à mobilidade sustentável e debates sobre a necessidade da mudança de comportamentos nesta área, em particular no que toca à utilização do automóvel particular.

“A Partilhar Chegamos Mais Longe”

Segundo a Agência Europeia do Ambiente, em Portugal, que participa na iniciativa europeia desde a primeira hora, tem-se vindo a gerar um grande movimento de adesão, não só por parte do público como através de um número crescente de parceiros que colaboram ativamente com as autarquias envolvidas.
A partir do tema da SEM, “Mobilidade Verde, Partilhada e Inteligente”, esta edição do Dia Mundial Sem Carro quer promover soluções de mobilidade partilhada e realçar os benefícios de meios de transporte mais ecológicos.
As pessoas são encorajadas a utilizar as opções de mobilidade partilhada disponíveis para se deslocarem nas suas cidades e também para viajarem entre vilas, cidades e áreas suburbanas. Sob o slogan “A Partilhar Chegamos Mais Longe”, a Campanha deste ano visa
dar especial ênfase à utilização de bens, ao invés da posse dos mesmos. Os prestadores de serviços disponibilizam os seus bens, recursos ou competências a vários utilizadores, através de uma plataforma fornecida por intermediários.

A partilha torna-se também uma peça do puzzle da mobilidade urbana, dando prioridade à importância da chegada a um destino, frequentemente com um custo individual e social menor comparativamente à utilização de um veículo particular. Como consequência, o poder de compra dos agregados familiares aumenta, na medida em que não têm de comprar e manter um carro. Para além disso contribui-se para diminuir a pegada de carbono individual e, ao conhecer novas pessoas, tornar cada viagem mais agradável.

Sabia que?
Cada carro partilhado equivale a 15 carros particulares que não circulam na estrada!

5 MEDIDAS QUE A ZERO PROPÕE

Segundo a ZERO, são 58 os municípios portugueses que participam com iniciativas neste “Dia”, número que fica aquém das expectativas desta Associação Sistema Terrestre Sustentável. De um conjunto de medidas na área da mobilidade sustentável, a ZERO selecionou as cinco que considera mais importantes para serem implementadas em permanência, no sentido de aumentar a qualidade de vida, em particular nas cidades portuguesas de maior dimensão, onde os valores-limite de ruído e / ou de determinados poluentes do ar são ultrapassados.

1. Prioridade à partilha e não à propriedade
Consideramos que a grande mudança no paradigma da mobilidade, mais do que na infraestrutura, nos preços, na tecnologia, está na atitude de cada cidadão. É preciso apostar nos serviços de mobilidade e na gestão da procura mais do que continuar a suportar custos enormes com a aquisição, operação e manutenção do automóvel.

2. Empresas com política responsável de mobilidade
As empresas com mais de 250 trabalhadores devem ter uma política e um plano de mobilidade obrigatório para os seus serviços e para os colaboradores, com metas a cumprir em termos de emissões, nomeadamente apoiando o recurso ao transporte coletivo, a sistemas de partilha de veículos e de bicicletas, e investindo em veículos elétricos.

3. Melhorar o transporte público e penalizar o transporte individual
Salvo algumas exceções, uma bilhética complicada, horários limitados, falta de conforto, custos elevados para uma utilização pontual e mesmo elevados valores de diversos passes sociais, desmotivam o recurso ao transporte público coletivo. É necessário simplificar, impor mais limitações ao uso do carro no interior dos centros urbanos e informar a população das alternativas de uma mobilidade mais sustentável e partilhada.

4. Expandir as zonas pedonais e cicláveis

A fração da denominada mobilidade suave (andar a pé ou de bicicleta) em Portugal é muito reduzida por comparação com outros países europeus. Dados do eurostat 2016 mostram que a seguir a Malta, somos o segundo país europeu com menor uso da bicicleta como modo de transporte. Propomos a possibilidade de benefício fiscal via IRS na aquisição de bicicleta e a implementação de sistemas de bicicletas partilhadas.

5. Promover o veículo elétrico e expandir as infraestruturas de carregamento
A mobilidade elétrica é um pilar fundamental da descarbonização da economia, aliada a um peso crescente em Portugal de eletricidade proveniente de fontes renováveis. Mas apesar da redução de preços é necessário um maior apoio, também ao nível da infraestruturação da mobilidade elétrica, que tem de ser rapidamente planeada e concretizada face à procura atual e principalmente futura, de modo a permitir a quem viva em locais sem possibilidade fácil de carregamento, poder efetuá-los.

E POR FALAR EM VEÍCULOS ELÉTRICOS
Contactámos a UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, que promove a mobilidade elétrica, os veículos elétricos, automóveis, motociclos, ciclomotores, bicicletas elétricas, etc.
Esta Associação trabalha também para o alargamento da Rede Pública de Carregamento para veículos elétricos, quer para carga rápida quer para carga normal; a promoção de medidas de discriminação positiva para todos os veículos elétricos, quer de quatro, quer de duas rodas; assim como medidas restritivas à circulação dos veículos com motores de combustão interna, a gasolina e a gasóleo, nos centros das grandes cidades, reduzindo as emissões de gases tóxicos e melhorando o ar das nossas cidades, pela nossa saúde!
No âmbito da Semana Europeia da Mobilidade SEM 2017 e do Dia Mundial Sem Carro 2017, Henrique Sanchéz, Presidente do Conselho Diretivo da UVE, enviou-nos algumas informações sobre o tema e atividades.

Assim, para o dia 22 estão presentes:
• Em Lisboa, no Open Day Mobilidade Sustentável: o que aí vem?
https://www.uve.pt/page/mobilidade-sustentavel- ai-vem/

• Em Guimarães, no Movidos Pelo Futuro, Salão de Veículos Elétricos
e Inteligentes: https://www.uve.pt/page/movidos-pelo- futuro-guimaraes/

• Em Paredes, na inauguração do Posto de Carregamento para veículos elétricos, junto da Câmara Municipal de Paredes

Dia 21, na Maia, realizou-se a Mostra de Soluções de Mobilidade de Baixo
Carbono: https://www.uve.pt/page/mostra-solucoes- mobilidade-baixo- carbono/
“Este é um dos vídeos que temos disponíveis no nosso portal, que refere 4
razões pelas quais os veículos elétricos vão triunfar, além da razão primeira
que é o ambiente: https://www.youtube.com/watch?v=_1ojuwogbzQ “

DE BIKE
De acordo com Sayri Dantas, presidente da ONG “Ciclo Urbano”, a bicicleta
ainda é o melhor meio de transporte para distâncias médias, de 3 a 9
quilómetros. E enumera alguns dos seus benefícios:
– Coloca o corpo em movimento, queima calorias extras, fortalece músculos,
articulações, melhora a respiração e a circulação, e liberta toxinas;
– É excelente para a saúde mental, combatendo a ansiedade e a depressão,
ao gerar hormonas de bem-estar.
– Estimula a criatividade;
– Não emite gases e partículas poluentes da atmosfera;
– Não necessita de recursos naturais para combustível;
– É silenciosa.

AGRADECIMENTOS E CONTACTOS:
ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável
Francisco Ferreira / francisco.ferreira@zero.ong
Tel.: 969 078 564
UVE – Associação dos Utilizadores do Veículo Elétrico
https://www.uve.pt/page/
https://www.facebook.com/uve.pt/
Tel.: 933 963 150

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