Pneumonia: Sinais, tratamentos e prevenção

mulher com sinais de pneumonia

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Dificuldade e dor ao respirar? Fique atento aos sinais da pneumonia. Apesar de ser uma das principais causas de morte no mundo, a doença tem cura e prevenção.

A pneumonia comum mata pelo menos 16 pessoas em Portugal todos os dias, de acordo com os mais recentes dados do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias.

No total, as doenças respiratórias são responsáveis por aproximadamente 40 mortes por dia no País, e quase metade das 13 mil mortes anuais é causada por pneumonia, uma enfermidade possível de ser curada quando diagnosticada e tratada corretamente.

O que é a pneumonia?

A pneumonia é uma inflamação aguda dos pulmões, normalmente causada por uma infeção. Muitas pessoas descrevem a doença como uma infeção pulmonar, uma vez que o órgão é atingido por uma bactéria (maioria dos casos), vírus ou fungos. Porém, ela também pode ser causada pela inalação de substâncias irritantes. A entrada desses agentes causa uma reação no corpo humano – a inflamação – e é a partir dela que se desenvolve a pneumonia.

Em vários casos, a pneumonia surge após uma doença que afeta o sistema respiratório e causa pequenas lesões, que são a porta de entrada para a bactéria. Com a resistência mais baixa, os microrganismos multiplicam-se e atacam o corpo. Mas também é possível que a doença não seja antecedida por gripe ou outra doença respiratória. E importa dizer que mesmo quem está aparentemente saudável, também pode contrair pneumonia.

As principais estruturas atingidas são os alvéolos, pequenos sacos de ar onde ocorrem as trocas gasosas. Eles inflamam-se e podem ficar cheios de secreções, causando febre, tosse e dificuldade em respirar. Às vezes os brônquios (que ligam os alvéolos à traqueia) também são afetados.

Gripe e Pneumonia

Pode ser comum a dificuldade de distinguir uma doença da outra, mas há diferenças importantes na identificação de cada uma.

A gripe apresenta quadro de febre (que pode ser alta), coriza, dores no corpo e fraqueza. Regra geral, estes sintomas desaparecem ao fim de 7 dias, mas em casos graves, que requerem hospitalização, a gripe pode evoluir para uma pneumonia viral ou mesmo para uma pneumonia bacteriana.

No caso da pneumonia bacteriana os sintomas mais severos, descritos acima, ocorrem de forma mais rápida.
Na análise clínica, os médicos diferenciam as pneumonias a partir de exames de sangue e de imagem. Em geral, as pneumonias virais atingem também a região entre o alvéolo e os vasos sanguíneos, chamada de interstício.

COVID-19 e Pneumonia

Da mesma forma que no caso da gripe, a COVID-19 também pode evoluir para um quadro grave de pneumonia, que pode ocorrer até 20% dos casos.

Desta forma, os casos de pneumonia aumentaram muito, mas também com especificidades em relação à versão convencional da doença causada por bactérias – que pode ser curada no prazo de uma a duas semanas, com antibióticos.

O principal problema do novo coronavírus é que ainda não se sabe qual o medicamento que de facto terá capacidade para combater este invasor.

Nesta altura os profissionais de saúde estão a tratar os casos mais leves com analgésicos e anti-inflamatórios. Os casos mais graves são tratados com antibióticos usuais, já que pacientes com pneumonia viral podem desenvolver infeções secundárias. Isto além da ventilação por aparelhos, para manter os níveis de oxigénio altos até que o pulmão volte a funcionar normalmente.

Existem ainda casos que são tratados com antivirais, como a hidroxicloroquina e cloroquina, administrados de forma experimental, dada a falta de comprovação de melhora clínica e a elevada toxicidade dos medicamentos, que podem vir a debilitar ainda mais o paciente.

Diagnóstico e tratamento

A radiografia torácica ou a tomografia computadorizada ajudam na assertividade do diagnóstico e na exclusão de outras doenças com os mesmos sintomas. Se necessário, exames de sangue também podem ser feitos para detetar a presença do pneumococo (Streptococcus pneumoniae).

O tratamento para a pneumonia bacteriana é feito com antibióticos, durante uma a duas semanas, podendo incluir ainda sessões diárias de fisioterapia respiratória. Na maioria dos casos não há indicação para internamento. As exceções serão quando o paciente tiver febre muito alta ou apresentar alterações clínicas, como o comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, e a dificuldade respiratória, caracterizada pela baixa oxigenação do sangue.

Prevenção

Alguns tipos de pneumonia, a exemplo das causadas por vírus, são mais facilmente transmitidas de uma pessoa para outra. Já no caso das bacterianas, a transmissão é mais difícil, mas também pode acontecer, dependendo principalmente do estado de vulnerabilidade de cada pessoa. Neste caso, os indivíduos mais suscetíveis são aqueles que tenham o sistema imunológico fragilizado, seja por outras comorbidades, ou pela idade avançada.

A vacina protege as pessoas das formas mais agressivas da doença e é obrigatória para crianças. Deve também ser preferencialmente administrada aos indivíduos que apresentam maior risco de saúde, como pessoas com mais de 65 anos, portadores de doenças crónicas, grávidas, e profissionais de saúde.

Além disso é importante que os mesmos grupos acima citados se vacinem contra a gripe, uma vez que uma infeção viral recente favorece o aparecimento de determinados tipos de pneumonia e aumenta a probabilidade de complicações.

Por último, uma alimentação saudável e uma boa higienização da casa, das compras e da própria pessoa estimulam as defesas naturais e podem prevenir o aparecimento da enfermidade.

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