Sabia que as plantas, além de serem capazes de produzir oxigénio, também podem reduzir compostos químicos dentro de casa? E sem prejudicarem os animais de estimação
São muitos os fatores que podem alterar a qualidade do ar nos ambientes internos. Entre eles, estão principalmente:
Componentes químicos
Compostos orgânicos voláteis libertados principalmente por impressoras, aparelhos de fax, carpetes, tintas, vernizes, detergentes, desodorizantes de ambientes, e também os provenientes do ar externo de grandes cidades, entre outros;
Poluentes físicos,
como as partículas
Poluentes biológicos
ácaros, fungos e bactérias, entre outros.
Muito se estuda ainda sobre os efeitos alergénicos do pólen, responsável pela rinite sazonal em pessoas sensíveis. No entanto, poucos sabem que nem todas as espécies são alergénicas, e que as plantas, além de serem capazes de produzir oxigénio, também podem ser responsáveis por reduzir os compostos orgânicos voláteis dentro de casa. Além disso, dependendo do tipo, esses compostos podem causar desde irritações no sistema respiratório, podendo causar até problemas gravíssimos de saúde, por possuírem, principalmente, propriedades cancerígenas.
Além de serem uma alternativa relativamente económica, as plantas também regulam principalmente a humidade, reduzem a poluição sonora e trazem, sobretudo, bem-estar aos ocupantes dos espaços internos, com benefícios tanto nas nossas casas como nos locais de trabalho, onde passamos tantas horas dos nossos dias.
Por exemplo, estudos em escritórios mostraram que a existência de plantas tem sido responsável por uma redução de até 60% no número de faltas ao trabalho, devidas a problemas de saúde.
Veja, abaixo, os principais compostos químicos que as plantas são capazes de reduzir, as suas fontes e efeitos na saúde
– Benzeno, tolueno, xileno: presentes na poluição do ambiente externo usados principalmente em solventes. São suspeitos de apresentarem propriedades cancerígenas..
– Hexano – pode ser derivado de acabamentos plásticos e é responsável por sintomas moderados no sistema nervoso, como tonturas e dores de cabeça.
– Estireno – libertado de carpetes e certos materiais usados para pisos, a exposição de longo prazo a altas concentrações pode causar alterações no sistema nervoso que incluem fatiga, dor de cabeça e tonturas..
– Formaldeído – presente em alguns acabamentos novos, tintas e carpetes, pode causar irritação nos olhos, nariz e garganta.
– Monóxido de carbono: gás proveniente da combustão incompleta de combustíveis fósseis, pode ser originário do ambiente externo ou de processos de combustão (ex: fornos a lenha e lareiras) em ambientes internos. Pode causar danos irreversíveis em células sanguíneas responsáveis por carregar oxigénio aos tecidos, podendo ser letal em altas doses.
– Ttricloroetileno: usado em adesivos, lubrificantes, tintas, vernizes, diluentes de tintas e alguns pesticidas. Efeitos agudos incluem dores de cabeça, tontura e sonolência. A longo prazo podem causar danos maiores ao sistema nervoso.
Plantas que beneficiam a qualidade do ar sobre as quais não se encontram estudos que mostrem qualquer risco para os animais
Para quem possui animais de estimação, uma dica é procurar o veterinário do pet para saber se a planta desejada é toxica, já que ele é o profissional mais qualificado para dar essa informação.
Kentia
(nome científico: Howea forsteriana): esta planta é uma espécie de palmeira originária da Austrália. Apesar de atingir cerca de 18 metros em ambientes externos, é capaz de ser cultivada em ambientes internos no interior de vasos, atingindo no máximo 3 metros. Estudos mostram que a Kentia é, sobretudo, capaz de reduzir o benzeno, tolueno, xileno, além do hexano.
– Palmeira-anã (nome científico: Phoenix Roebelenii).
Esta pequena palmeira, originária do Japão, é capaz de reduzir formaldeído e tolueno.
– Areca-bambu (nome científico: Dypsis lutescens).
Originária da África, é uma das palmeiras de pequeno porte mais populares do mundo. É capaz de reduzir acetona, formaldeído e até tolueno.
– Clorofito (nome científico: Chlorophytum comosum).
Também originária da África, esta planta de pequeno porte é capaz de retirar dos ambientes formaldeído, benzeno, Xileno e principalmente monóxido de carbono.
– Bambu (nome científico: Chamaedorea elegans).
De médio porte, além de trazer um clima tropical para a residência, é capaz de reduzir formaldeído, benzeno e tricloroetileno.
– Gerbera (nome científico: Gerbera jamesonii).
De pequeno porte, esta planta que possui flores parecidas com margaridas é capaz de reduzir formaldeído, benzeno e tricloroetileno.
Para maiores informações sobre toxicidade de plantas, consulte o site (em inglês): The American Society for the Prevention of Cruelty to Animals® (ASPCA®). https://www.aspca.org/
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