Álcool, Gasolina ou Gasóleo: quais as principais fontes de poluição?

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Gasolina, o gasóleo, os biocombustíveis e carros elétricos. Saiba qual a melhor alternativa em veículos e combustível, para reduzir estas fontes de poluição nas cidades.

Um inimigo silencioso, na maioria das vezes invisível, capaz de causar a morte de milhões de pessoas em todo mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição do ar é um dos principais riscos ambientais para a saúde e um grave problema que precisa ser debatido em várias frentes. Neste caso, mais especificamente, falaremos sobre o combustível.

Um relatório publicado em 2018 pela OMS revelou que nove em cada dez pessoas respiram ar poluído. Sem dúvida um alto índice, que se reflete diretamente na saúde da população e causa grave impacto económico. Isto porque a poluição tanto pode causar novas doenças, como piorar as já existentes. Portanto, pessoas com asma ou bronquite crónica podem ter agravamento da sua condição se forem expostas a uma elevada concentração de poluentes. E mesmo para indivíduos saudáveis, há o risco de desenvolver infecções respiratórias ou problemas como a rinite e a asma.

Fontes de poluição

O setor dos transportes é um dos maiores emissores de poluentes, resultantes da queima de combustíveis fósseis. Ou seja, é uma das principais fontes da poluição atmosférica. Nas grandes cidades de países em desenvolvimento, como São Paulo, no Brasil, a poluição e o trânsito congestionado são duas condições que caminham juntas. Neste cenário, portanto, as escolhas de um transporte podem fazer toda a diferença na qualidade do ar.

Veículos a diesel e gasolina, por exemplo, emitem diversos gases poluentes como o CO 2 – um dos responsáveis pelo aumento do efeito estufa – CO e SO 2 . Além disso, os mesmos automóveis ainda libertam partículas finas, que ficam em suspenso na atmosfera e são extremamente prejudiciais à saúde.

Isto porque ao serem inaladas, essas partículas conseguem atravessar as barreiras de defesa do sistema respiratório e alcançar os alvéolos pulmonares, levando diretamente para o sangue substâncias potencialmente tóxicas. Desta forma, podem aumentar a incidência de problemas respiratórios e cardiovasculares.

Gasóleo

Obtido a partir da destilação fracionada do petróleo, o óleo diesel é formado principalmente por hidrocarbonetos e compostos orgânicos com nitrogénio, oxigénio e enxofre. Em combustão, a combinação de material particulado e óxidos de nitrogénio (NOx) torna-se o principal vilão, quando comparada à poluição resultante da queima de outros combustíveis.

Fabricantes de veículos a diesel afirmam que eles não são as maiores fontes de poluição, pois além de mais económicos, os recursos tecnológicos dos carros atuais conseguem reduzir os danos provocados pelos poluentes. Mesmo assim, a luta contra o diesel tem ganhando força em diversos países, com leis que determinam a substituição e/ou restringem a circulação destes veículos nos próximos anos.

Gasolina

Já a gasolina tem como principal produto de combustão o CO 2 , seguido de NOx, CO e hidrocarbonetos não queimados (HC). Para reduzir a emissão de poluentes, carros produzidos nas últimas décadas passaram a contar com catalisadores, um mecanismo que ajuda a eliminar boa parte das emissões.

O problema, no entanto, é que não há garantia da eliminação total dos poluentes, que acabam por se libertar para a atmosfera e – juntamente com o CO 2 não bloqueado – contribuem para a baixa qualidade do ar.

Álcool

O álcool, ou bioetanol, é obtido a partir do processamento de biomassa (fermentação e destilação) como a cana- de-açúcar, açúcar de beterraba, milho ou amido de trigo. Pela sua menor concentração de carbono, o biocombustível emite, portanto menor volume de CO₂, comparativamente à gasolina e ao diesel.

Além disso, no caso da cana-de-açúcar há uma captura de carbono, uma vez que a planta utiliza o CO₂ no processo de fotossíntese, removendo o gás da atmosfera e compensando o dióxido de carbono resultante da queima do combustível. Contudo, a queima do etanol também emite poluentes e não pode ser considerada totalmente “limpa”.

Veículos elétricos

Uma das alternativas mais discutidas atualmente é a utilização de veículos elétricos, que não emitem poluentes, sem qualquer uso de combustível. Neles, a energia é armazenada em baterias é libertada para o motor elétrico, que funciona com a atuação de campos eletromagnéticos. Ao contrário dos automóveis convencionais, que precisam das marchas para ir elevando o giro do motor, o carro elétrico já funciona como um automático.

Afinal, apesar desta vantagem quando em circulação, é preciso considerar a matriz elétrica responsável pelo abastecimento dos automóveis, e ainda a forma como as baterias foram produzidas – se utilizaram energia proveniente de fábricas de carvão, por exemplo.

Leis e incentivos para diminuir estas fontes de poluição

No intuito de reduzir o agravamento das mudanças climáticas, diversos países já definiram prazos para proibir a produção de carros que utilizam qualquer combustível fóssil e passaram a conceder incentivos para estimular principalmente a comercialização de veículos elétricos. A Noruega estabeleceu, para 2025, o fim da comercialização dos carros a combustão. Já a Índia estipulou 2030 como data limite para o final das vendas dos mesmos veículos, enquanto o Reino Unido e a França colocaram o limite até 2040.

Em Portugal, a quota de mercado de veículos elétricos deve aumentar bastante, graças ao chamado “incentivo verde”. Entre os benefícios estão a atribuição de um incentivo no valor de 2.250 euros pela compra de um veículo novo 100% elétrico, isenção de tributação autónoma e dedução do valor do IVA da aquisição. 

A ideia é, portanto, que cada vez maior número de países se comprometam com a redução de emissões de gases do efeito estufa, contribuindo não apenas para reduzir a poluição, mas principalmente para preservar os recursos naturais e o meio ambiente.

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