Como o novo Coronavírus se compara com o MERS e SARS?

sars mers e covi-19

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Saiba qual a relação entre o novo coronavírus, infecções respiratórias e outras síndromes que se espalharam pelo mundo, como o MERS e o SARS.

Em 2002, uma doença causou pânico e preocupação a nível global. Inicialmente detetada na China, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês) resultou num surto mundial, com mais de oito mil casos na Ásia, Canadá e Estados Unidos, e cerca de oitocentas mortes em meados de 2003.

Dez anos depois, em 2012, o Oriente Médio foi palco de desespero na sequência de outro vírus chamado Mers (síndrome respiratória do oriente médio) que atacava principalmente o sistema respiratório com consequências fatais para diversos infectados.

Semelhante à SARS, a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS, na sigla em inglês) surgiu pela primeira vez na Jordânia e na Arábia Saudita. E até ao início de 2018 registaram-se mais de 2 mil casos confirmados de MERS, e infelizmente, 800 mortes.

Medo e dúvidas!

Esse clima de ansiedade voltou agora a ganhar dimensões internacionais. Quase quatro meses depois de oficializada a descoberta de um novo coronavírus na província de Hubei, na China, governos e órgãos internacionais estão mobilizados, em dezenas de países, para descobrir como controlar a doença e reduzir, principalmente, o número de mortes.

Em fevereiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o nome oficial da doença causada passaria a ser Covid-19. A nomenclatura é retirada das palavras “corona”, “vírus” e “doença”, com 2019 representando o ano em que surgiu. O vírus em si foi designado, portanto, como SARS-CoV-2., pelo Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus.

Coronavírus: dos animais para a espécie humana?

Os três casos citados demostram o grande desafio de lidar com coronavírus que na verdade são, sobretudo, um grupo de vírus comum entre os animais, mas que em alguns casos passam a ser transmitidos aos seres humanos. Isso acontece quando os vírus sofrem mutações que tornam possível a sua transmissão à espécie humana.

Conhecidos desde a década de 1960, os coronavírus recebem esse nome devido às projeções em forma de coroa na sua superfície. Quando atingem os humanos, causam infecções respiratórias brandas a moderadas, de curta duração, com sintomas que geralmente envolvem coriza, tosse, dor de garganta e febre.

Esses vírus também podem causar infecção das vias respiratórias inferiores, como a pneumonia. Mas este é um quadro mais comum em pessoas com doenças cardiopulmonares, com sistema imunológico comprometido ou em idosos.

Contudo, alguns vírus destacaram-se por sua gravidade e rápida proliferação entre as pessoas, como os três acima citados. Mas qual é a diferença entre eles, e por que devemos ficar atentos à nova infecção?

MERS, SARS e COVID-19: um trio perigoso!

Inicialmente, para as três síndromes, os sintomas são semelhantes aos de uma constipação ou gripe comuns: febre, tosse, falta de ar, dores musculares e fadiga.

A maioria das pessoas desenvolve os sintomas sem grandes consequências, eliminando o vírus em alguns dias. Contudo, para as que tenham o organismo mais debilitado, a doença pode evoluir perigosamente, podendo resultar em morte. Ou seja, agravantes de sintomas requerem cuidado!­­

Sabe-se, por exemplo, que o novo coronavírus, Covid-19, afeta principalmente o trato respiratório inferior, pois a maioria dos infectados apresenta tosse seca, falta de ar ou penumonia.

Pacientes infectados pela SARS também apresentavam febre, dor muscular, letargia, tosse e dor de garganta. Já no caso da MERS, há infecções respiratórias como a pneumonia grave, com comprometimento do parênquima (tecido) pulmonar, a dispneia (dificuldade em respirar) e a insuficiência renal são sintomas graves, característicos.

Rapidez na contaminação do MERS, SARS e COVID-19:

Com o “trânsito” acelerado de pessoas por todo o mundo, a proliferação destes vírus tem vindo a tornar-se frequente, e deve continuar assim nos próximos anos. Quando se trata da transmissão de um vírus de humano para humano, ela geralmente acontece quando alguém entra em contato com as secreções da pessoa infectada, como as gotículas na tosse.

Dependendo da virulência do vírus, tosse, espirros ou apertos de mãos podem causar exposição. O vírus também pode ser transmitido ao tocar em algo que uma pessoa infectada tocou, e depois levar as mãos à boca, ao nariz ou aos olhos.

O período de incubação é de 2 a 14 dias.

Prevenir: um ritual diário

Com o aumento progressivo dos casos de infectados, é natural que as pessoas se preocupem. Porém  –  pelo menos por enquanto – , a baixa taxa de mortalidade indica que o melhor a fazer é seguir um ritual de prevenção simples e eficaz, todos os dias.

Tome nota:

  • Evite tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
  • Evite principalmente o contacto próximo com pessoas doentes;
  • Fique em casa quando se sentir doente;
  • Ao tossir ou espirrar, cobra a boca e o nariz com lenços descartáveis e deite-os fora em seguida;
  • Depois de tocar em objetos e superfícies em espaços públicos, utilize álcool gel para limpar as mãos.

Nos ambientes internos, o melhor conselho é que conheça a importância de preservar, sobretudo, a qualidade do ar, garantindo a segurança de todos os que convivem nesses espaços.

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