Vacinação: responsabilidade compartilhada

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Sessões de aconselhamento sobre vacinação, a decorrer durante o mês de maio, fazem parte das comemorações do 1º ano do MOVA, que também lançou o seu site e quer alargar atividade a outras entidades representantes de grupos de risco com indicação para a vacinação. 

A recente Semana Europeia da Vacinação veio reforçar a importância da informação e da responsabilização como bases de uma boa prevenção no âmbito da saúde.

Esta “semana” comemorou o seu primeiro ano de existência, desde que foi lançada pelo MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação -, de que fazem parte a Associação Respira, a Fundação Portuguesa do Pulmão e o GRESP (Associação Portuguesa De Medicina Geral E Familiar). 

“Mais do que um direito individual, a vacinação deve ser uma responsabilidade partilhada”.

O mote deste ano, “a vacinação como um direito individual e uma responsabilidade partilhada”, vem fortalecer a presença do MOVA junto da população, dirigindo-se também aos profissionais de saúde e aos governantes, para sensibilizar sobre a importância da vacinação, como forma de prevenção mais adequada.

“Estamos totalmente sintonizados com as mensagens da Organização Mundial de Saúde. Mais do que um direito individual, a vacinação deve ser uma responsabilidade partilhada.  E nunca, como no contexto em que vivemos, estas palavras fizeram tanto sentido”, diz Isabel Saraiva, fundadora do MOVA, vice-presidente da Respira e presidente da Fundação Europeia do Pulmão.

 

FALANDO DE PNEUMONIA

A vacinação antipneumocócica foi a base do lançamento do MOVA.

Segundo um estudo recente, 9 em cada 10 adultos com mais de 50 anos não estão vacinados contra a pneumonia. E de acordo com o mesmo estudo, a falta de indicação médica é a principal razão para que estes adultos ainda não estejam imunizados. Isso apesar de existir, desde 2015, uma Norma da Direção Geral da Saúde (011/2015) que recomenda a vacinação de grupos de adultos com risco acrescido de contrair doença invasiva pneumocócica (DIP).

 

Alertar os adolescentes, pais e profissionais de saúde

Ao comemorar um ano de existência, o MOVA continua a lutar contra as barreiras que existem à vacinação, em particular na idade adulta. Considera a vacinação um direito fundamental e lamenta que ainda estejam tantos por vacinar por falta de informação.

Na promoção dessa “semana”, a Direção-Geral da Saúde (DGS) associou-se à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Veja estes dados:

– Devido às vacinas, a maioria das crianças e adultos na Europa está imune ao sarampo, rubéola, parotidite epidémica, difteria, tosse convulsa, tétano e poliomielite.

– Graças à vacina contra o sarampo, o número de casos de sarampo na região europeia da OMS diminuiu mais de 90% desde a década de 90. Contudo, o vírus continua a propagar-se sempre que existe um número suficiente de pessoas suscetíveis. Ao interromper a cadeia de transmissão, as crianças e adultos vacinados impedem o vírus de, potencialmente, infetar bebés demasiado pequenos para serem vacinados e pessoas que não podem ser vacinadas devido aos seus sistemas imunitários enfraquecidos ou vulneráveis. É necessária uma cobertura vacinal de pelo menos 95% para alcançar a proteção de todas as pessoas através da imunidade de grupo.

– Em Portugal, a maioria das crianças está protegida contra a hepatite B, as doenças graves meningocócica C, pneumocócica e por Haemophilus influenzae B e a maioria das raparigas com 11 a 25 anos de idade está protegida contra o cancro do colo do útero.

 

Segundo os promotores da Semana Europeia de Vacinação, pretende-se também alertar os adolescentes, pais e profissionais de saúde para fazerem escolhas fundamentadas quanto à vacinação e para somente partilharem informação devidamente sustentada.

WWW.MOVA.PT

Para se aproximar da população e facilitar o seu acesso à informação, das comemorações do primeiro ano do MOVA fazem parte a organização de sessões de aconselhamento a decorrer neste mês, e o lançamento de um site próprio, www.mova.pt , uma plataforma onde os interessados poderão encontrar toda a informação-base sobre vacinação, normas, diretrizes e conselhos de entidades oficiais, bem como os direitos dos doentes.

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